O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a Petrobras terá “uma nova dinâmica” sob o comando de Caio Paes de Andrade, que nesta segunda-feira (27/6) teve a indicação aprovada para presidir a petroleira.

Durante discurso no Palácio do Planalto, o chefe do Executivo federal disse que tudo será analisado em conformidade com a lei e sem interferências.

“Pode ter certeza, hoje o Caio está tomando posse lá na Petrobras, teremos uma nova dinâmica também na Petrobras na questão dos combustíveis no Brasil”, declarou Bolsonaro. Segundo o presidente, “tudo vai ser analisado na conformidade, na base da lei, sem querer mexer no canetaço na Lei das Estatais, sem querer interferir em nada, mas com muito respeito.

O nome de Andrade foi aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobras. Caio Paes de Andrade foi indicado para comandar a petroleira em maio deste ano. Ele é o quarto nome indicado por Bolsonaro para comandar a empresa.

Petrobras sobre pressão

Na semana passada, o então presidente da petroleira, José Mauro Coelho, cedeu a pressões políticas e pediu demissão. A renúncia ocorreu dias após reajustes nos preços dos combustíveis. O litro da gasolina vendido às distribuidoras passou de R$ 3,86 para R$ 4,06 – um aumento de 5,18%; no caso do diesel, de R$ 4,91 para R$ 5,61 (14,26%).

O reajuste foi anunciado depois de quase 100 dias sem alterações nos custos do insumo. O Conselho de Administração da Petrobras aprovou o aumento em reunião extraordinária realizada na quinta-feira (16/6). O encontro que decidiu pelo reajuste aconteceu durante o feriado, em convocação de emergência.

Com o impasse entre as demandas do governo e do Congresso, que solicitam valores mais baixos, e do mercado, que insiste na política de preço de paridade de importação (PPI), o conselho apostou no aumento. Compete à maioria dos participantes a atribuição de tomar esse tipo de decisão, conforme disposto no estatuto da entidade.

Desde o reajuste anunciado pela Petrobras na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro tem defendido uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o presidente, os diretores e o conselho administrativo e fiscal da petroleira.

O colunista do Metrópoles Igor Gadelha apurou que aliados devem tentar convencer Bolsonaro a desistir da ideia de patrocinar uma CPI.

Artigo anteriorVídeos: incêndio na Santa Casa de Belo Horizonte deixa dois mortos
Próximo artigoEUA: ao menos 42 pessoas são encontradas mortas em caminhão no Texas