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O Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou nesta terça-feira a Operação Penalidade Máxima II para cumprir três mandados de prisão preventiva contra envolvidos na manipulação de resultados de jogos de futebol. A suspeita é de que o grupo criminoso tenha atuado em partidas da Série A do Brasileiro e em cinco campeonatos estaduais. De acordo com a investigação, atletas cooptados recebiam de R$ 50 mil a R$ 100 mil para cumprirem determinadas ações durante o jogo, como tomar um cartão ou cometer um pênalti.

Um dos alvos de busca e apreensão é o jogador Victor Ramos, da Chapecoense, segundo o ge. Em nota, o clube afirmou que “reforça o seu apoio e, principalmente, a confiança na integridade profissional do atleta” e ressaltou que colabora com as investigações (leia a nota na íntegra no fim da matéria). Ainda segundo o ge, os outros investigados são o lateral-esquerdo Igor Cariús, do Sport, o meia Gabriel Tota, ex-Juventude e atualmente no Ypiranga-RS, e o zagueiro Kevin Lomónaco, do Bragantino. Há outros nomes, mas que ainda não foram revelados pelo MP., que dará novas informações em coletiva à tarde.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que prestou apoio ao MP de Goiás, no cumprimento de três mandados de busca e apreensão nas cidades de Santa Maria, Erechim e Pelotas, informou que outros dois alvos são jogadores de futebol do Rio Grande Sul, não identificados.

A ação é um desdobramento da Operação Penalidade Máxima, deflagrada em fevereiro e que resultou na denúncia de 14 pessoas, entre elas oito jogadores de futebol, na Série B. Os alvos da ação desta terça-feira tinham o modus operandi semelhante ao aplicado em partidas da segunda divisão.

A investigação identificou que a organização criminosa teria atuado “concretamente” em pelo menos cinco jogos da Série A do Brasileirão do ano passado. De acordo com o MPGO, os suspeitos ainda teriam tentado manipular cinco partidas de campeonatos estaduais, entre eles Goianão, o Gaúchão, o Mato-Grossense e Paulistão.

“A investigação indica que as manipulações eram diversas e visavam, por exemplo, assegurar a punição a determinado jogador por cartão amarelo, cartão vermelho, cometimento de penalidade máxima, além de assegurar número de escanteios durante a partida e, até mesmo, o placar de derrota de determinado time no intervalo do jogo”, informou o MPGO em nota.

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