Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta quinta-feira (28/11), que programas sociais, como o Bolsa Família, serão passados “a limpo” para garantir que aqueles que tenham direito não seja prejudicados por fraudes em cadastros. Segundo ele, “tem muita incompatibilidade que precisa ser corrigida”.

“Algumas coisas que funcionaram vão ser extrapoladas, como é o caso da biometria e do recadastramento que será antecipado em virtude do que foi encontrado nesses últimos seis meses. É muito claro para nós que vamos ter de passar a limpo, num prazo menor do que anunciado em julho, o conjunto de medidas saneadoras dos cadastros dos grandes programas sociais”, afirmou.

Segundo o ministro da Fazenda, a medida atingirá “todos os programas”. “Todo mundo vai ter de passar por biometria. Todos os programas. E os prazos de recadastramento vão ser encurtados por lei para que seja corriqueiro esse acompanhamento à luz do que foi encontrado de julho para cá”, completou Haddad durante coletiva de imprensa sobre o pacote de revisão de gastos públicos, que deve garantir economia de R$ 71,9 bilhões nos próximos dois anos.

Ele citou o caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, que extrapolou o Orçamento em R$ 7 bilhões. Haddad informou que está prevista uma revisão nos moldes do programa, mas ressaltou que não haverá mudança de conceito, apenas “clareza do que precisamos fazer para ter andamento em condições de visibilidade”.

No fim de agosto, a equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou detalhes de um pente-fino nos benefícios sociais. Com a revisão dessas despesas, o governo federal estimou economizar R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias.

Vale lembrar que as ações de pente-fino nos benefícios, divulgadas em agosto, estão presentes na peça orçamentária de 2025. Com Metrópoles.

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