Elcimar Freitas – O descrédito da Secretaria de Estado da Cultura do Amazonas mais uma vez é colocada em evidência. Uma chuva de críticas se ouvia nos bastidores da primeira noite do CarnaBoi, tanto pelos artistas, quanto pelos brincantes.
A primeira e recorrente reclamação foi unânime, a proposta da rivalidade na avenida não agradou. A saída de dois trios elétricos simultaneamente dos pontos opostos do Sambódromo – um da ferradura e outro da concentração – até que se encontrem no meio da avenida, gerou uma série de descontentamento por parte dos artistas, como por exemplo, a falta de tempo para passagem de som, e pelos brincantes a confusão sonora não deixava nítido qual Toada estava sendo executada, parecia sempre que estava fora do ritmo.
A falta de atrativos, como ornamentação temática exaltando a Cultura Amazonense e ausência de divulgação, também é um dos fatores que fizeram a previsão de 100 mil pessoas ficarem bem distantes do público que compareceu nesta primeira noite do CarnaBoi. O espaço – Sambódromo – não tinha sequer sinalização de boas vindas, e nenhuma imagem, escultura ou adereço que fizesse menção a realidade amazônica.
“O artista chama o público, mas a SEC não oferece nenhum tipo de estrutura compatível com a expectativa de quem gostaria de ver, brincar ou conhecer o Boi: desorganização e despreparo, falta de adornos, a não valorização do artista e o tal formato proposto de “rixa” onde há um encontro de trios no meio da Avenida, com certeza não é que o povo quer ter”, disse um dos artistas presentes na noite.
Esteve presente no evento tanto o Governador do Estado, quanto o Secretário de Cultura, porém, quando procurados para poder falar sobre estas questões, já não se faziam mais presentes.