Foto: Alexandre Cassiano

Quem poderia imaginar que o Fla-Flu decisivo pelas oitavas da Copa do Brasil representaria a tentativa de espantar a crise, para um, e de não entrar nela, para outro? Nas quase duas semanas entre os dois duelos, deu praticamente tudo errado para o atual campeão do torneio e da Libertadores e para o tricolor, que vinha encantando pelo bom futebol praticado desde o ano passado.

Quando o primeiro jogo chegou ao fim, tudo indicava que a maré seria positiva para o Flamengo. O time fez sua melhor atuação sob o comando de Jorge Sampaoli e, apesar do 0 a 0, dominou o Fluminense e mostrou que não havia favoritismo no confronto. Mas, na partida seguinte, os problemas começaram a aparecer.

O time suou para vencer o Corinthians, que não vive bom momento, por 1 a 0, num jogo decidido com um gol de zagueiro aos 48 do segundo tempo. Para piorar, perdeu seus dois principais articuladores. Everton Ribeiro teve um lesão confirmada por exames e nem foi relacionado. Já Arrascaeta sentiu um incômodo muscular no aquecimento. Somente o segundo voltou a treinar com bola.

Depois disso, o Flamengo não venceu mais. Empatou em 1 a 1 com o Ñublense, no Chile, pela Libertadores, e pelo mesmo placar com o Cruzeiro, no Maracanã, pelo Brasileiro. Nas duas partidas, a atuação deixou a desejar.

– A preocupação da torcida é sempre quando o time não ganha. Resulta uma obrigação, o jogador também pensa o mesmo e muitas vezes joga no ritmo do torcedor, e isso às vezes complica o jogo: aceleração, perda, frustração… Sei que vem uma semana de clássico, Fluminense, depois Vasco, depois Racing… Eu vejo como uma oportunidade. Espero que a impaciência na torcida se transforme em apoio – afirmou Sampaoli após o empate em casa diante do Cruzeiro.

A semana ainda começa com a notícia do afastamento de Marinho sob a justificativa de inadimplência. O atacante não deve mais jogar pelo clube.

Fluminense vive pior sequência com Diniz

O Fluminense não convive com questões disciplinares. Mas também chega com problemas. As lesões estão entre eles. Depois do primeiro embate com os rubro-negros pela Copa do Brasil, o técnico Fernando Diniz perdeu Marcelo. E segue sem Alexsander e Keno. Para o jogo desta quinta, ele também não contará com Felipe Melo, suspenso. Isso só entre os que costumam ser titulares. Há ainda baixas de longo tempo ou entre os reservas: Jorge e Marrony, no departamento médico; Vitor Mendes, afastado, e Lelê e Thiago Santos, que já jogaram a Copa do Brasil por outro clube.

Os desfalques são acompanhados pela pior sequência de resultados do time nesta segunda passagem de Diniz. São quatro jogos sem vencer, sendo um empate (com o Flamengo) e três derrotas seguidas. Neste período, o time não marcou gols, seca que se iguala ao jejum do artilheiro Germán Cano.

Não só os resultados não foram os esperados, como também as atuações. O “Dinizismo” que tornou o Fluminense uma das principais equipes do país não tem aparecido. Consequência da quantidade de desfalques e desgaste dos titulares – problemas que para, muitos são, vistos como decorrentes de um elenco que não tem forças para brigar por três títulos ao mesmo tempo.

– Página virada. O resultado foi ruim, o desempenho tem muita coisa positiva. Quinta-feira é outra história. Ainda será um pedaço dessa história muito bonita que o Fluminense tem construído em toda a temporada – afirmou o auxiliar Eduardo Barros, que na derrota para o Corinthians, no último domingo, substituiu o suspenso Diniz na área técnica.

Com informações de: O Globo

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