Kim Hong-Ji – Pool/Getty Images

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, decretou, nesta terça-feira (3/12), a lei marcial no país com o argumento de “limpar elementos pró-Coreia do Norte“. A lei marcial substitui a legislação normal por leis militares, amplia o poder do Executivo, fecha o Parlamento e limita o acesso aos direitos civis.

“Eliminarei as forças antiestatais o mais rápido possível e normalizarei o país”, disse o presidente. O anúncio foi feito em pronunciamento oficial, na manhã desta terça-feira, transmitido nas TVs sul-coreanas.

Yoon Suk Yeol pediu ao povo que acreditasse nele e tolerasse “alguns inconvenientes”.

“Declaro lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças antiestatais e pró-norte-coreanas que estão saqueando a liberdade e a felicidade do nosso povo e para proteger a ordem constitucional livre”, disse o presidente Yoon Suk Yeol.

O Parlamento da Coreia do Sul foi fechado e todos os acessos a ele foram bloqueados, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

A medida foi imposta, no entanto, sem o aval de membros do próprio governo – que se disseram ser contra a imposição da lei marcial.

A oposição também reagiu contra a medida e convocou todos os parlamentares para se reunirem no Congresso, localizado na capital do país, Seul, a fim de protestar contra a decisão do presidente.

O chefe da Polícia sul-coreana se manifestou publicamente contra a lei marcial e convocou reunião de emergência nesta terça para discutir a medida.

Han Dong-hoon, ex-ministro da Justiça sul-coreano, afirmou que a declaração da lei marcial é “errada” e que vai impedi-la com a ajuda do povo.

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