Após uma sessão tumultuada com o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 ouve, nesta quarta-feira (22/9), o médico Pedro Benedito Batista Júnior, diretor-executivo da Prevent Senior.

A empresa, conforme revelou o Metrópoles, adotou o protocolo de administrar medicamentos – como cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina – sem comprovação de eficácia para o tratamento da Covid-19 com o acompanhamento do governo federal. O protocolo foi desenvolvido com a ajuda de pelo menos um membro do “gabinete paralelo”, que aconselhou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na condução da pandemia.

Além disso, a operadora de saúde é acusada de ter coagido médicos para que adotassem o protocolo de aplicar as drogas em pacientes sem o conhecimento deles ou dos familiares. A empresa também é suspeita de ter ocultado, em estudo sobre a cloroquina, o número de mortes de pessoas em tratamento contra a Covid-19.

O estudo foi apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e por seus filhos, senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) nas redes sociais. Os filhos 01 e 02 apagaram as publicações.

O diretor-executivo da Prevent Senior deveria ter prestado depoimento à CPI na última quinta-feira (16/9), mas não compareceu alegando ter sido comunicado fora do tempo hábil para estar presente. Na ocasião, o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que Batista agiu de má-fé, pois sabia a data que seria ouvido.

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