O deputado federal Loester Trutis, do PSL-MS, quer banir jogadoras transexuais de disputar competições femininas no Brasil.

Em 6 de maio deste ano, o parlamentar apresentou o PL 1728, que determina que o sexo biológico será o único critério definidor do gênero de um atleta, em competições esportivas em todo o território nacional.

A proposta é polêmica e remete ao caso da jogadora de vôlei, Tifanny Abreu. Ela nasceu homem, mas se identificou como mulher e por isso, até o momento, joga em times femininos. A atleta transexual é um dos maiores destaques da principal competição de vôlei do País: a Superliga.

A excelente performance de Tifanny no time feminino despertou a discussão se, por ter nascido homem, ainda carrega vantagens em relação às atletas cis, como força física e muscular maiores. Mesmo tendo se submetido a diversos tratamentos hormonais, a jogadora ainda é questionada sobre as vantagens de seu sexo biológico em relação às atletas cisgênero (aqueles que se identificam com o sexo biológico). 

OPINIÕES

Em janeiro de 2018, o médico Paulo Zogaib, que, entre outras atuações, era professor de medicina esportiva da Unifesp, opinou sobre o caso da atleta, que obtia média impressionante de pontos na Superliga. 

Zogaib destacou um detalhe no caso de Tifanny, que faz diferença, segundo ele. É o fato dela  ter feito cirurgia já com 30 anos. 

‘’Então, ela passou boa parte da vida com uma produção hormonal muito maior do que uma produção hormonal feminina. Isso acaba influenciando no tamanho dos órgãos, coração, pulmões, a parte óssea, ou seja, as alavancas do aparelho locomotor. Então, isso cria diferenças em relação a outras atletas… ‘’, avaliou o profissional. 

O médico destaca que a questão da atleta não é pura e simplesmente o controle da testosterona (hormônio masculino) na circulação, mas o fato dela ter passado 30 anos desenvolvendo o corpo de uma forma diferente de uma mulher. (Top Mídia News)

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