O Fato Amazônico teve acesso ao auto de exibição e apreensão da Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais, onde foram apresentados a delegada plantonista Benvinda Gusmão, uma espingarda calibre 12, três cartuchos (dois deflagrados e um intacto), duas porções de substâncias escurecida tipo erva e uma pistola marca Taurus 840 cm carregador e 12 munições intactas. O material apreendido teria sido encontrado com o adolescente V.C.S, de 17 anos, baleado em uma suposta troca de tiros na Rua Flávio Costa, no Coroado, Zona Norte de Manaus, na tarde do último domingo (11).

O auto de exibição e apreensão aparece como condutor o soldado Davia Lima Barroso, lotado na 25ª Companhia Interativa Comunitária.

O site também teve acesso a parte de um depoimento onde o policial afirma que por volta de 15h40, estava acompanhado do sargento Sefair Castro de Souza, na viatura 6363, da 25ª Companhia Interativa Comunitária, e em patrulhamento na Rua Flávio Costa, viram dois elementos em atitudes suspeito e os abordaram e com Fabrício Prata Chaves, apreenderam uma porção de maconha.

O policial diz que quando estavam terminando a abordagem a guarnição foi vítima de disparo de arma de fogo. Ele disse que sacou sua arma e revidou o disparo. E afirma que o atirador encontrava-se a cerca de 10 metros e assim disparou o atirador saiu correndo em fuga e atirando para trás.

No depoimento o policial garante que disparou outra vez e acertou as costas do inflator que caiu ao chão e ao abordarem encontraram uma espingarda calibre 12, com dois cartuchos deflagrados e um intacto e uma porção tipo maconha.

O PM segue em depoimento afirmando que socorreu o infrator baleado levando o mesmo ao Pronto-Socorro João Lúcio, onde descobriu trata-se do adolescente VC, de acordo com ele o autor dos disparos contra a guarnição.

Mãe contesta versão

Mas a versão dos policiais militares é questionada pela mãe do menor, Néia de Oliveira Cruz, 45 anos, ela garante que os policiais quando chegaram a Rua Flávio Costa, já desceram da viatura atirando.

“Os policiais pararam o carro e já saíram dando tiros e começaram a dizer podem parar, mas eles não pararam e como ele (meu filho) viu os outros não pararam, continuou correndo. Ele não ia ficar esperando bala. Eles deram três tiros, o terceiro acertou as costas do meu filho”, disse a dona de casa.

Pai afirma que filho já teve envolvimento com drogas

O pai do menor Rubenilson de Almeida, confirmou que o adolescente teve envolvimento com o tráfico de drogas, mas já tinha deixado. “Tudo bem era uma abordagem policial, mas a maneira que eles chegaram com certeza foi errada”, acrescentou, afirmando que o filho está paraplégico.

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