A embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley, recebeu um ofício solicitando que o posto diplomático estadunidense abra uma investigação contra Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle  Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-mandatário, e avalie a suspensão dos vistos que permitem a entrada deles no país.

Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, “a solicitação foi enviada por meio da Câmara pela deputada Erika Hilton, do PSOL em São Paulo, com base nas suspeitas de adulteração de certificados de vacinação para a entrada nos EUA”, como revelado pela Operação Venire, deflagrada na quarta-feira (3) pela Polícia Federal.

“A possibilidade das possíveis irregularidades cometidas por Bolsonaro configurarem ilícito também nos Estados Unidos”, destaca a parlamentar no ofício enviado à diplomacia estadunidense. Ainda segundo a reportagem o pedido de Erika Hilton também se estende ao deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ); além de Max Guilherme de Moura e Sérgio Cordeiro, seguranças do ex-mandatário, e outros alvos da operação policial.

As investigações da PF apontam que os envolvidos podem ser acusados ​​de crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

Em dezembro de 2022, depois de perder a eleição para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro e sua comitiva viajaram para os Estados Unidos, onde o grupo ficou por três meses. O país exige até o momento o certificado de vacinação contra Covid para entrada em seu território.

Durante a pandemia de Covid-19, doença que matou mais de 700 mil pessoas no Brasil, Bolsonaro por diversas vezes divulgou informações falsas sobre vacinas e questionou, sem apresentar provas, a eficácia dos imunizantes. Ele repetiu diversas vezes que não se vacinaria contra a doença.

Artigo anteriorLâmpadas UV na aplicação de esmalte podem causar câncer, alerta academia médica
Próximo artigoDesmatamento em terras indígenas provocou emissão de CO2 na Amazônia