Eliton Santos

Em comemoração ao mês dos “Povos Originários”, a escola municipal Indígena Piranga Pisasú, da Prefeitura de Manaus, iniciou nesta segunda-feira, 17/4, a segunda edição da Semana Baré, com o tema “Vivências e fortalecimento da ancestralidade cultural, educação, costumes, crenças, valores e tradições do povo Baré”. A escola, coordenada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), fica na comunidade Nova Esperança, no rio Negro, zona rural.

A programação segue até quarta-feira, 19.  De acordo com o gestor da unidade, Joarlison Garrido, essa atividade é um momento único para trabalhar a interdisciplinaridade, com o currículo pedagógico municipal e os costumes e tradições dos povos indígenas.

“O que nós estamos fazendo é agregar conhecimentos e isso promove a educação intercultural. Ele acompanha o currículo comum da Semed e também os valores e saberes do próprio povo. Nesse contexto, acabamos fazendo um turbo na educação, já que unimos dois conhecimentos”, explicou Joarlison.

A responsável pela Gerência da Educação Escolar Indígena (GEEI) da Semed, Eneida Barbosa, participou da ação e falou da importância que a rede municipal de ensino trata a Educação Indígena, recebendo todo apoio do prefeito David Almeida, e da secretária da Semed, professora Dulce Almeida.

“Esse é um movimento feito todos os anos em todas as escolas indígenas no mês em alusão aos povos originários e que recebe total apoio do prefeito David e da secretária Dulce, para que as tradições sejam fortalecidas em cada comunidade a cultura de cada povo”, destacou a gerente.

Durante o evento, foram expostos trabalhos realizados pelos alunos de gastronomia, artesanato, grafismo, jogos indígenas e fotografias da comunidade.

A unidade de ensino atende 65 alunos desde a educação infantil ao ensino fundamental, anos iniciais e finais. Para realizar a Semana Baré, os estudantes pesquisaram sobre as tradições de cada etnia. Os alunos realizaram um ritual de boas-vindas, no qual confeccionaram as próprias roupas, feita de fibra de Tawari.

“Eu tenho muito orgulho da minha tradição, gostaria que todos conhecessem mais os nossos costumes. Aqui na escola eu aprendo muito e sei que isso nunca vai se perder”, comentou o estudante, Estevão Amazonas, 12, do 7º ano.

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