Segundo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, estrutura de segurança para exploração na Amazônia, na Margem Equatorial, é maior “do que há para toda a bacia de Campos”

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, declarou na última segunda-feira, 06, durante a Offshore Technology Conference (OTC), que exploração do poço FZM-59, na Foz do Amazonas, poderá ser a de maior custo da história da estatal. As informações são da CNN Brasil.

Durante a maior conferência mundial da indústria de petróleo e gás em águas profundas, Prates destacou que a estimativa de investimento da Petrobras e de pelo menos R$ 500 milhões em operações de perfuração de poços na bacia da Foz do Rio Amazonas.

A estatal tenta obter licença do Ibama para essa exploração.

O Ibama rejeitou em maio de 2023 o pedido de licenciamento para perfuração do FZM-59. A Petrobras recorreu, mas até hoje o recurso não foi analisado pelo Ministério do Meio Ambiente.

O presidente da Petrobras afirmou que há mais estrutura de segurança para explorar o poço FZM-59 na Amazônia “do que há para toda a bacia de Campos”, localizada entre o litoral norte do Rio de Janeiro e o Espírito Santo.

Jean Paul Prates usou outro argumento para rebater críticas à exploração ao lembrar que mais de 40 poços já foram perfurados na Foz do próprio Amazonas, “próximos ao Amapá e Marajó (Pará), no meio dos manguezais, e não houve problema”.

“Foram perfurados nos anos 80 e 90. Qual é o problema com isso? Estamos produzindo no meio do Urucu, afluente do rio Amazonas, no meio da selva. Todos os dias, milhares e milhares de barris por dia circulando na própria Amazônia, passando por Manaus, Parintins, todas essas cidades costeiras até o oceano. Somos responsáveis.”

“Claro que algo pode acontecer, por isso estamos colocando toda essa estrutura lá, para detectar a tempo”, concluiu.

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