A Polícia Civil de Parintins abordou o comboio de balsas de transporte de combustível, de onde partiram tiros que deixaram morto um suboficial da Marinha do Brasil e um sargento ferido, na manhã deste domingo (21/11). Fuzileiros navais estavam em operação no Rio Amazonas, acima do Paraná do Albano, em Urucurituba, quando foram recebidos a bala, ao se aproximarem da embarcação.

Uma equipe de investigadores da Polícia Civil de Parintins fez diligência no comboio de balsas nas proximidades do Paraná do Arari, para realizar a apreensão da arma ou das armas usadas no crime. O investigador da Polícia Civil, José Maria Castro, informou que quatro fuzileiros navais, em uma lancha, fizeram procedimento padrão de abordagem, com giroflex ligado, da embarcação que descia o Rio Amazonas. 

Conforme relato do policial, o holofote do empurrador do comboio de balsas focou na lancha da Marinha do Brasil, no momento da aproximação dos militares que encontravam-se identificados, ao pé da embarcação, e, de imediato, alguém efetuou disparos, atingindo em cheio o pescoço do suboficial da inspeção naval. O militar não resistiu ao ferimento e morreu no meio do rio Amazonas.  

O segundo ferido já passou por cirurgia no Hospital Jofre Cohen. O comandante do empurrador do comboio de balsas e o suspeito de atirar contra os fuzileiros navais escaparam de prisão em flagrante, por terem se apresentado à Polícia Civil. A base de operação da Marinha do Brasil é o Navio Patrulha Fluvial ancorado no porto de Parintins. O corpo do suboficial será periciado no Instituto Médico Legal (IML), em Parintins. 

O crescimento do índice de ataques de “piratas” às embarcações na região, para roubo, nos últimos meses, levou o delegado de Polícia Civil de Parintins, Adilson Cunha, a pedir ajuda da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-AM). O investigador José Maria disse que os tripulantes do comboio de balsas alegaram não saber que seria a Marinha do Brasil e pensavam se tratar de piratas do Rio. A Justiça Militar vai abrir inquérito para investigar o caso. 

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