O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está considerando conceder indulto a seu antigo chefe de campanha Paul Manafort, a quem um júri federal considerou culpado por fraude e vários crimes financeiros, afirmou nesta quarta-feira a emissora “Fox News”.

O canal transmitirá na manhã de quinta-feira uma entrevista exclusiva com o presidente, que teve alguns trechos antecipados hoje pela emissora.

“Ele mencionou perdoar Manafort. E disse que está considerando isso. Eu acredito que ele se sente mal por Manafort. Foram amigos, trabalharam juntos por muito tempo, por 100 dias, e o presidente não sabia nada sobre toda a questão dos impostos”, disse a jornalista Ainsley Earhardt, se referindo aos crimes do ex-chefe de campanha do republicano.

Manafort foi declarado culpado na terça-feira por um júri na corte federal do estado da Virgínia de oito das 18 acusações por fraude, o que poderia representar uma condenação que pode levá-lo a passar o resto da vida na prisão.

Diante desta situação, é esperar para ver o que acontece com os outros crimes dos quais é acusado, o foco está agora é se Manafort buscará colaborar com os investigadores da trama russa para reduzir sua condenação ou tentará ganhar um indulto do presidente.

O procurador especial Robert Mueller investiga desde maio de 2017, de maneira independente do governo, possíveis laços entre membros da campanha de Trump e a Rússia, que é acusada pelas agências de Inteligência dos EUA de interferir nas eleições presidenciais de 2016.

O líder tenta desacreditar a causa de Mueller repetidamente e até disse abertamente que deveria ser encerrada.

Se realmente Trump decide conceder o indulto a Manafort, poderia ser considerada como mais uma manobra do presidente para impedir o avanço das investigações de Mueller, que cada vez mais cerca sua presidência.

Além disso, Trump enfrenta acusações feitas por seu ex-advogado Michael Cohen, que se declarou culpado de vários crimes, e disse que o magnata pediu para que ele pagasse duas mulheres para evitar que elas revelassem segredos que atrapalhassem sua campanha eleitoral. (Agência EFE)

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