No dia 23 de janeiro, a juíza federal Jaiza Fraxe, 1ª Vara Federal Cível da SJAM, decidiu que nenhum fura-fila vacinado contra Covid-19, terá o direito de receber a segunda dose até que chegue a sua vez, sem prejuízo de indenização à coletividade que foi lesada pelo artifício imoral e antiético.

A juíza alertou, ainda, que todos os fura-filas estariam sujeitos à prisão em flagrante delito em caso de insistirem no ilícito.

Pois muito bem, as irmãs Lins Isabelle e Gabrielle, e David Dallas, fizeram ouvido de mercador e receberam a segunda dose da vacina, sem pertencerem aos grupos prioritários.

Ou seja, os três desafiaram a justiça sem nenhum pudor, como se estivessem imunes às decisões de seus representantes legais.

Jaiza Fraxe, porém, tão logo foi informada da desobediência pública não deixou barato e, em manifestação no twitter, advertiu que “quem repetiu o erro, após o devido processo legal e mediante as provas devidas, sofrerá as penas da ação de improbidade, em razão do dano ao erário, do privilégio ilícito e da infração do princípio da moralidade”.

A juíza federal disse, também, que “além disso, existe a pena de perda do cargo público que estiver ocupando e suspensão dos direitos políticos, sem prejuízo de condenação para indenizar o grave dano coletivo. Está na lei e será cumprida para todos, pois não trabalhamos com privilégios”.

Por enquanto sabe-se apenas que os três – as irmãs Lins e David Dallas – caçoaram da justiça.

As irmãs Lins, ao saberem que a bomba tinha explodido, não perderam tempo, acionaram suas respectivas assessorias jurídicas e largaram a seguinte nota: que não tinham sido citadas na decisão da juíza, e portanto, não foram proibidas de tomar a segunda dose do imunizante.

A assessoria ainda destaca que as médicas estavam no direito delas de tomarem a vacina, após esclarecido às autoridades competentes. “As notificantes são médicas e atuam na linha de frente de combate ao Coronavírus, e receberam a primeira dose da vacina enquanto no exercício de suas atividades”, justifica a advogada Gabriela Nogueira Zani Giuzio.

Tudo conversa para boi dormir. Como diz o ditado, a desculpa do amarelo é a febre.

Veja o que a juíza diz em sua decisão: “Dessa forma, o juízo NÃO ACEITARÁ DESCULPAS de qualquer PRIVILEGIADO e deixa desde já fica consignado que quem ‘furou a fila não terá o direito de receber a 2a dose, até que chegue a sua vez, sem prejuízo de indenização à coletividade que foi lesada pelo artifício imoral e antiético”.

O resto é conversa para boi dormir.

Confira Decisão da Juíza

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