O deputado José Ricardo Wendling (PT) destacou, nesta terça-feira (16), a situação de parte das 506 escolas municipais de Manaus, que estão sem merenda escolar há vários dias e, em alguns casos, há dois meses, prejudicando os estudantes, que acabam sendo liberados da aula mais cedo. “Sem merenda, não tem como ter todos os tempos de aula. Isso é um fato e uma vergonha”.

Para o parlamentar, a Prefeitura precisa resolver esse problema com urgência. “Enquanto isso, as escolas estão vivendo no improviso, vendendo picolés para comprar bolachas e sucos para a merenda ou então fazendo cotas para comprar salsinha. Um completo absurdo pela falta de administração”, contou ele, ressaltando que a Prefeitura fala na imprensa que essa situação é normal, diante de atraso de entrega de mercadoria, e que tudo já está sendo resolvido.

“Mas essa situação nunca deveria ser normal. Isso afeta os estudantes e a qualidade do ensino público no Estado, que aparece como um dos piores do País nos indicadores de desempenho. Têm crianças que vão para a escola sem o café da manhã ou sem o almoço. E a merenda escolar faz toda a diferença na concentração desses alunos e no estímulo ao aprendizado”, esclareceu José Ricardo.

Saúde no interior está precária

José Ricardo também falou da situação precária dos hospitais nos municípios do Estado. Em Pauini, por exemplo, o novo hospital da cidade continua com fragilidades, agora por conta da falta de gerador de energia. “Quando a energia vai embora, para tudo. Um absurdo”, afirmou ele, lembrando que no dia dessa inauguração, horas depois o hospital estava com cadeado no portão. “Inauguraram o prédio pela manhã; à tarde, quando estive lá, já estava fechado”.

Já no Careiro Castanho, onde esteve no último fim de semana, presenciou mais uma situação: o hospital está parado para reforma há mais de nove meses, quando deveria ter sido entregue com 90 dias de obras (três meses). “Isso sem falar no mamógrafo, que encontramos jogado num canto, ainda não instalado e sem qualquer cuidado. Será que ainda irá funcionar? Enquanto isso, a população está sendo atendida improvisadamente numa unidade básica de saúde”. E em Itapiranga, outro flagrante: o hospital fechado no domingo por falta de médicos.

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