A Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público Federal, deflagrou, nesta quarta-feira (19), a Operação Navegar é Preciso, a 72ª fase da Lava Jato. Cerca de 36 policiais cumprem 6 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de prisão em Alagoas (Maceió), São Paulo (São Paulo) e Rio de Janeiro (Niterói e Rio de Janeiro). Os mandados judiciais foram expedidos pela 13ª Vara Federal em Curitiba/PR.

Segundo informações preliminares, a investigação tem como foco desvios de recursos em compras e vendas de navios da Transpetro, empresa de logística subsidiária da Petrobras.

A suspeita da força-tarefa é que um estaleiro contratado por R$ 857 milhões para fornecer navios pagou propina para um funcionário da Transpetro. O valor da propina, o nome do estaleiro e do funcionário não foram divulgados pela PF.

As ordens judiciais foram expedidas pela 13ª Vara Federal em Curitiba, e a operação foi batizada de “Navegar é Preciso”.

As investigações apontam que foi identificada uma organização criminosa que fraudava o caráter competitivo das licitações pagando propina a altos executivos da Petrobras e empresas a ela relacionadas como a Transpetro.

Fraude

No dia 27 de julho, dois ex-gerentes da Transpetro e dois executivos da empresa holandesa A.Hak Industrial Services B.V. se tornaram réus em um processo da Operação Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro

A denúncia foi aceita pelo juiz Luiz Antônio Bonat, da 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba, a partir de denúncia de procuradores da Lava Jato, que apontaram que os réus movimentaram pelo menos R$ 3,9 milhões em um esquema que fradou contrato entre a estatal e a A.Hak.

Aluísio Teles, ex-gerente da Transpetro, foi denunciado por corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro, Ulisses Sobral, também ex-gerente da estatal, responde por corrupção passiva qualificada.
Os executivos Mario Martinez e Paulo Martinez, da empresa holandesa, são réus por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

De acordo com a denúncia, entre 2006 e 2010, os executivos oferecerem e efetivamente pagaram propinas para os então gerentes da Transpetro, totalizando 32 pagamentos a Teles (no valor de pelo menos R$ 3,6 milhões) e um repasse de R$ 150 mil a Sobral.

Segundo a força-tarefa da Lava Jato, em troca, os ex-gerentes aumentaram a rentabilidade do contrato da empresa com a subsidiária da Petrobras. Eles deixaram os cargos em 2010. (Com a Revista Fórum)

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