O deputado Marcelo Ramos, vice-presidente da Câmara dos Deputados, não ficou em silêncio, como pretende o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, diante da CPI da Covid-19, caso obtenha habeas corpus do Supremo Tribunal Federal, requirido pela Advogacia Geral da União (AGU).

Decepcionado com o recuo ou o movimento retrógrado – na guerra ocorre quando a tropa pode ser massacrada pelo inimigo – do general do Exército Brasileiro, Marcelo Ramos escreveu nesta sexta-feira, 14, no Tweet:

“O ex-ministro e general Pazuello pediu habeas corpus pra não responder perguntas na CPI. Eu fico imaginando um general que tem medo de CPI sendo convocado pra lutar numa guerra. Ainda bem que temos “generais” e generais.

A revolta de Marcelo Ramos estimulada pelo medo de Pazuello de se incriminar na CPI da Covid não é particular. Na internet é o que mais se fala a ponto de desenterrem depoimento de 2016, do então deputado Onyx Lorenzoni, indignado com o silêncio de Nestor Cerveró na CPI da Petrobras:

“Só bandido se vale do direito de ficar calado em depoimentos a uma CPI”.

Hoje, Onyx faz parte da força-tarefa que luta para que o ex-ministro Eduardo Pazuello tenha o direito de ficar em silêncio durante seu depoimento na CPI da Covid-19 no Senado.

Segundo O Globo, após o silêncio de Cerveró, Lorenzoni reclamou: Onyx teria dito:

“Cerveró ouviu de mim que em CPI quem se vale do direito (de) “ficar calado” tem coisa a esconder, só bandido usa isso”.

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