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A Marinha do Brasil deu início, nesta segunda-feira (23), à Operação Parintins 2025, com ações reforçadas de inspeção e fiscalização no trajeto fluvial entre Manaus e a Ilha Tupinambarana. Uma das frentes principais da operação está no tradicional posto avançado conhecido como “Chapa Quente”, instalado estrategicamente no Rio Negro, nas imediações do Encontro das Águas.

Por ali devem passar, até a próxima sexta-feira (27), cerca de 100 mil passageiros a bordo de embarcações que seguem para o Festival Folclórico de Parintins, que acontece entre os dias 27 e 29 de junho. Todas as lanchas e barcos com passageiros que partem do Porto de Manaus estão sendo obrigatoriamente abordados no local para a verificação de segurança e documentação.

Ao todo, cerca de 185 militares se revezam em regime de plantão 24 horas por dia, garantindo que cada embarcação esteja em conformidade com as normas de navegação. A fiscalização inclui checagem de documentação dos condutores e tripulantes, validade de coletes salva-vidas e equipamentos de emergência, além da tradicional contagem de passageiros para coibir a superlotação.

Operação mobiliza navios, helicóptero e apoio interinstitucional

Além do efetivo embarcado na Chapa Quente, a Marinha mobilizou uma ampla estrutura logística para a operação, coordenada pelo Comando do 9º Distrito Naval (Com9ºDN). Estão em uso dois Navios-Patrulha Fluvial, 23 embarcações de apoio — incluindo lanchas blindadas e motos aquáticas — e um helicóptero UH-12 “Esquilo”. Outros postos de fiscalização também foram montados nos municípios de Itacoatiara e Parintins.

A Operação Parintins está em sua 58ª edição e, a cada ano, reúne mais instituições em apoio ao trabalho da Marinha. Para 2025, participam da fiscalização no posto avançado órgãos como a Polícia Militar, Polícia Civil, Conselho Tutelar, Tribunal de Justiça do Amazonas, secretarias estaduais e municipais de assistência social, além da Agência Reguladora do Estado (Arsepam).

Sistema de Passe agiliza fiscalização

Como medida preventiva, a Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental emitiu 289 autorizações conhecidas como “Passe”, para embarcações previamente vistoriadas. Essas embarcações têm prioridade nas inspeções, o que contribui para a fluidez do tráfego fluvial no período mais movimentado do ano.

As embarcações que não possuem o Passe também podem seguir viagem rumo a Parintins, desde que passem por inspeção completa na Chapa Quente e atendam a todas as exigências legais de segurança.

Meta: manter o índice zero de acidentes

Graças à atuação integrada das forças de segurança e ao esforço preventivo da Marinha, nos dois últimos anos (2023 e 2024), o trajeto até Parintins durante o festival não registrou nenhum acidente fluvial. A expectativa é repetir o feito em 2025, garantindo um deslocamento seguro aos milhares de passageiros que se dirigem à festa mais emblemática do folclore amazonense.

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