João Vitor, mesmo com fraturas nas pernas, compareceu ao velório da esposa grávida e da filha para a última despedida

O velório da biomédica Giovana Ribeiro da Silva, de 29 anos, e de sua filha Maria Caroline, de 38 semanas de gestação, foi marcado por cenas de profunda dor e comoção na manhã desta segunda-feira (23), na Igreja Assembleia de Deus, localizada na rua Canarinho, bairro Monte das Oliveiras, Zona Norte de Manaus. A jovem, que completaria 30 anos no próximo dia 9 de julho, morreu na noite de domingo (22), após a moto em que estava com o marido bater em um buraco na Avenida Djalma Batista, uma das principais vias da capital amazonense.

O momento mais comovente do velório foi a chegada de João Vitor, marido de Giovana e pai da bebê, que mesmo com as duas pernas quebradas fez questão de se despedir da esposa e da filha. Em uma cadeira improvisada de plástico, amparado por familiares, ele entrou no local do velório e, diante dos dois caixões, chorou desesperadamente. “Minha filha, meu amor. Minha mulher, pai!”, dizia ele em prantos, acolhido pela sogra, Goreth Ribeiro.

A tragédia mobilizou a população nas redes sociais, com centenas de mensagens de solidariedade e revolta pela precariedade da via pública. Após a repercussão do caso, equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) foram enviadas pela Prefeitura de Manaus, ainda na manhã desta segunda-feira, para tapar o buraco no trecho onde ocorreu o acidente. O serviço de recuperação do asfalto se concentrou justamente nos pontos mais críticos da Avenida Djalma Batista.

Giovana era biomédica e muito querida por familiares, amigos e colegas de profissão. A morte dela e de sua filha levantou duras críticas sobre a negligência com a manutenção de vias públicas na cidade, especialmente em corredores de tráfego intenso como o da Djalma Batista.

 

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