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Após pipocarem denúncias de eleitores de que operações e blitzes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estão dificultando o deslocamento de eleitores, sobretudo no Nordeste, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, cobrou explicações neste domingo (30/10).

Moraes determinou que o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, seja oficiado “com urgência” a “informar imediatamente sobre as razões pelas quais [estão sendo] realizadas operações policiais”.

Atendendo a pedido do deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), o ministro Alexandre de Moraes já havia proibido que a PRF e a Polícia Federal (PF) fizessem operações envolvendo transporte público de eleitores neste domingo. Caso a decisão não seja obedecida, pode haver responsabilização criminal dos diretores-gerais das corporações.

Denúncias

Por meio de vídeos, divulgados nas redes sociais, pessoas denunciam mobilização da PRF que pode dificultar o voto neste domingo. Entre eles, o prefeito de Cuité (PB), Charles Camaraense (Cidadania). De acordo com ele, agentes da corporação estão na entrada da cidade para impedir que a população vote.

Veja vídeos com as denúncias:

🚨 Charles Camarense, prefeito de Cuité (PB), denuncia que a PFR está impedindo os cidadãos de irem votar! #Eleições2022.pic.twitter.com/hiJXRa6gjr

— PAN (@forumpandlr) October 30, 2022

Ninguém viu essa mobilização da PRF no primeiro turno! Em Zé Doca – MA, eleitores não estão conseguindo chegar ao seu local de votação! Quem estiver por lá, ajuda! #Eleicoes2022 #nordeste pic.twitter.com/QADKSYlbA5

— Lucas Rosa (@luscasrosa) October 30, 2022

🚨 Usuários denunciam supostas ações da PRF para impedir pessoas de irem votar #eleições2022 pic.twitter.com/qPj1Skgu9R

— Metrópoles (@Metropoles) October 30, 2022

A PRF ainda não se manifestou sobre as denúncias. Disse somente que está tomando ciência dos acontecimentos e não se pronunciará por enquanto.

Operações proibidas por Moraes

Mais cedo, a coligação Brasil da Esperança, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou uma manifestação ao tribunal afirmando que teve conhecimento de operações conduzidas pela PRF – “principalmente na região Nordeste” – para supostamente impedir a circulação de veículos com eleitores do petista. “Ao que tudo indica, trata-se de uma ação dolosa e direcionada a beneficiar a candidatura do atual presidente da República”, disse a campanha de Lula.

Durante o sábado (29/10), o próprio Moraes pediu à PF e à PRF detalhes sobre as ações de combate a crimes eleitorais. E o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou que o ministro da Justiça, Anderson Torres, preste esclarecimento sobre o uso das corporações em operações relacionadas às eleições às vésperas do segundo turno.

O objetivo de ambos é evitar que a locomoção de eleitores até às urnas, em transporte público pago ou não, seja impedida. Assim, seria evitado o uso político para beneficiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou de Jair Bolsonaro (PL).

(Metrópoles)

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