No dia 26 de janeiro de 2020, numa tarde de domingo, começaram a chegar noticias da Califórnia informando que um helicóptero em que estavam Kobe Bryant e sua filha Gianna Bryant havia caído na cidade de Calabasas, a 48 km de Los Angeles.

Não demorou a chegar a confirmação de que Kobe (41 anos), sua filha de 13 anos e mais sete pessoas haviam morrido com o acidente.

Listar as conquistas de Kobe seria suficiente para classificá-lo como exemplo: 5 vezes campeão, 2 vezes MVP de finais, MVP de temporada regular, campeão olímpico em 2008 e 2012, além de ter encerrado a carreira como o terceiro maior pontuador da NBA (mais tarde, LeBron ultrapassaria).

Mas a influência dele vai além de números. Mesmo aposentado das quadras (fez sua despedida em 2016, aos 37 anos), ainda era muito recente a memória do impacto de Kobe nas quadras, com suas jogadas, títulos e mentalidade, a mamba mentality.

Até outubro de 2020, quando LeBron James levou o Lakers a ser campeão da NBA, a franquia tinha tido seus últimos momentos de glória com Kobe em quadra (2000, 2001, 2002, 2009 e 2010). O astro foi MVP das finais nas duas últimas conquistas.

Na atual geração de jogadores americanos, muitos se inspiram na maneira como Kobe jogava. Um atleta muito focado, decisivo e com espírito de vencedor.

Fã declarado de Bryant e um dos destaques da NBA, Devin Booker já confessou que faz movimentos em quadras iguais ao do “Black Mamba”. Inclusive, em uma das últimas partidas da carreira, Kobe presenteou Booker com um tênis e a seguinte frase: ‘Be legendary” (seja lendário).

Passados 5 anos desde o encontro, o Phoenix Suns foi campeão da Conferência Oeste e vice-campeão da NBA com Booker (que tatuou no braço o nome do ídolo depois de sua morte) sendo o principal nome da equipe, ao lado de Chris Paul.

O alcance de Kobe não se restringiu aos EUA. O Camaronês Joel Embiid disse que começou a jogar Basquete após vê-lo nas finais de 2010, quando foi não apenas campeão, mas MVP Finals.

Hoje, o pivô Embiid é um dos principais pontuadores da liga e principal referência do Philadelphia 76ers, umas das franquias mais tradicionais do basquete americano.

Considerado por muitos um dos maiores pontuadores da história, Kevin Durant já afirmou nas redes que cresceu vendo Kobe Bryant brilhar nos Lakers. “É o cara que todos nós admiramos e vimos quando crianças. Mesmo quando ele estava vivo e brincando, seu DNA estava embutido em nós. De longe, ele pensava sobre o que era o jogo, sobre o que é ética de trabalho ”.

“Agora que ele não está mais conosco, todos nós queremos honrar seus ensinamentos indo por aí e jogando com aquela paixão, com aquela energia a cada jogada”, acrescentou Durant.

Se por uma lado Kobe inspirou gerações, por outro ele também se preocupava com quem estava começando a carreira. Seja com conselhos ou por meio de suas jogadas, buscava orientar e ajudar na formação de atletas. Tanto que havia criado a Mamba e Mambacita Sports Foundation, associação sem fins lucrativos que trabalha jovens com treinamentos de basquete. (Metrópoles)

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