O empresário Thiago Antonio Brennand, de 42 anos, está sendo acusado de perseguir, agredir e ameaçar mulheres em uma academia de São Paulo. A empresa fica instalada em um shopping de luxo da cidade.

Imagens de câmeras de segurança, obtidas pelo programa Fantástico, da TV Globo, mostram o momento em que Thiago empurra, puxa o cabelo e cospe na empresária e atriz Helena Gomes. Antes da briga, ela estava fazendo exercícios na academia, conforme mostram os vídeos.

Thiago passa na frente da mulher e ela se afasta, abrindo espaço para que o homem caminhe. Em seguida, o empresário procura funcionários da academia para reclamar que Helena estaria atrapalhando sua passagem. O caso ocorreu em 3 de agosto.

“Tinha espaço na academia, não estava cheio. Então, voltei para onde eu estava, só que atrás. Ele estava alterado, estava rodeando muito. Ele falou para eu sair de lá. Eu disse: ‘Não saio’. Só que eu falei mais alto e ele falou que mulher não gritava com ele”, relatou.

Neste momento, Thiago empurra Helena e fala palavrões contra a empresária. Outras alunas e professores da academia tentam proteger a mulher, que é atacada pelo homem. “Ele falou: ‘Vou cuspir em você porque você merece’. Eu reagi e não baixei a cabeça”, disse Helena, que também teria cuspido no homem, segundo depoimento de testemunha à academia.

Uma outra aluna da academia também tentou ajudar Helena e foi agredida. Outro homem, que seria filho de Tiago, aparece e xinga a aluna: “No que está put*, vagabunda está se metendo?”, teria dito.

Depois da briga, pai e filho deixam a academia. A polícia não foi chamada pelos funcionários. Nas redes sociais, o homem ostenta uma vida de luxo e um arsenal de armas de fogo. Ele afirma ser o maior colecionador da América Latina.

Outras acusações

O Fantástico também ouviu outras mulheres que afirmam ter sido vítimas de Thiago. Uma delas relata que o empresário se recusou a usar preservativo em uma relação sexual. Ele também teria filmado o ato sem consentimento da vítima.

A empresária Helena afirmou que outras mulheres que relatam ter sido prejudicadas pelo empresário a procuraram a fim de criar um grupo de apoio. “Estão traumatizadas”, disse.

A reportagem do Metrópoles procurou a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo para buscar informações sobre o caso, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

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