Quem pensava que a prisão de Adail Pinheiro, o levaria a renunciar a prefeitura de Coari, se enganou. Uma fonte do Fato Amazônico, que teve uma conversa com o prefeito, afirma que ele disse que se quer pensou em deixar a prefeitura do município, onde é acusado de comandar uma rede de pedofilia.

Como não pensa em renunciar, Adail Pinheiro, deverá começar a partir desta segunda-feira a despachar de dentro da cela onde está preso que agora servirá também como gabinete da prefeitura de Coari.

Adail Pinheiro, está preso numa cela comum do Comando de Policiamento Especializado, mas desde sábado tramita no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, um pedido de habeas corpus, impetrado pelo advogado Roosevelt Jobim Filho, que está concluso a ministra Laurita Vaz, da Quinta Turma, mas ela ainda não se manifestou.

Mas os advogados do prefeito além do habeas corpus devem também nesta segunda-feira requerer junto ao desembargador Djalma Martins da Costa, relator do processo que tramita em segredo de justiça no Tribunal e que decretou a prisão preventiva de Adail e mais cinco acusados com envolvimento em uma rede de pedofilia em Coari, uma sala de Estado Maior, que eles entendem ser direito do cliente.

Para os advogados o artigo 295 do Código de Processo Penal, onde diz que “serão recolhidos ou prisão especial os governadores, ministros, prefeitos, vereadores entre outros”, deixa claro que o prefeito tem todo o direito de um sala de Estado Maior.

Entenda o caso

Na manhã da última sexta-feira, o procurador geral de Justiça, Francisco Cruz, ofereceu novas denúncias contra o prefeito Adail Pinheiro e mais seis pessoas acusadas de envolvimento com uma rede de pedofilia em Coari.

Na representação inicial, protocolada diretamente ao presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, desembargador Ari Moutinho, o procurador, solicitou a prisão preventiva de seis dos sete denunciados.

Os autos foram parar mãos do desembargador Cláudio César Ramalheira Roessing, que determinou a redistribuição e foi para com Djalma Martins da Costa, do Tribunal Pleno, que ainda na tarde de sexta-feira decretou a prisão de Adail Pinheiro e mais cinco acusados.

As prisões

Na manhã de sábado, policiais da Força Especial de Resgate e Assalto (FERA), estiveram em Coari onde cumpriram os mandados de prisão preventiva expedidos contra o chefe de gabinete Eduardo Jorge de Oliveira Alves, o secretário de Terras e Habitação Francisco Erimar Torres de Oliveira, a funcionária pública Alzenir Maia Cordeiro, conhecida como “Show” e os irmãos Anselmo do Nascimento Santos e Elias do Nascimento Santos.

Todos foram trazidos de avião para Manaus e depois de serem ouvidos na Delegacia Geral de Polícia Civil, foram encaminhados ao Instituto Penal Antônio Trindade, localizado no quilômetro 8 da BR 174 (Manaus/Boa Vista).

Ainda no sábado, o prefeito Adail Pinheiro, acompanhado de seus advogados, foi ao prédio da Delegacia Geral de Polícia Civil, onde se entregou. De lá ele foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para exame de corpo e delito e seguida ao Comando de Policiamento Especializado.

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