SÃO PAULO, 20 AGO (ANSA) – Os governos da Nova Zelândia e da Austrália anunciaram nesta sexta-feira (20) a prorrogação das regras sanitárias por conta do avanço da variante Delta do coronavírus Sars-Cov-2 nos dois territórios.   

A primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, informou que o lockdown, que deveria ser encerrado na noite desta sexta, foi prorrogado por mais quatro dias. A decisão de impor um novo isolamento obrigatório veio após o país detectar o primeiro caso de transmissão comunitária da Covid-19 depois de seis meses sem contágios.   

“Nós ainda não sabemos o tamanho desse surto da variante Delta.   

Ao fim de tudo, nós precisamos ser cautelosos”, disse Ardern afirmando que os contágios em Auckland e em Wellington estavam conectados, o que diminui um pouco os temores do governo.   

A Nova Zelândia adotou a política de “caso zero” e tem um dos programas mais eficientes do mundo – mas, a variante Delta vem causando dor de cabeça.   

Segundo o portal da Universidade Johns Hopkins, desde o início do ano passado, foram “apenas” 2.969 casos da doença entre os seus cerca de cinco milhões de habitantes e 26 mortes. Mas, nos últimos 28 dias, foram 113 novos contágios confirmados.   

Porém, o ritmo de vacinação da população está bastante lento, sendo que, conforme o Our World in Data, apenas 34% dos cidadãos começaram o ciclo de vacinação e 20% estão totalmente imunizados.   

Na Austrália, que também é considerada um exemplo no combate à disseminação da Covid-19, a crise está um pouco mais aguda. Mas, diferentemente da Nova Zelândia, as regras mais restritivas são aplicadas por cidades. Em Sydney, está a situação mais grave, com uma média de 600 casos por dia.   

Por isso, a cidade ficará em lockdown por mais um mês, até o fim de setembro, somando três meses completos de isolamento. Aqueles que morarem em locais que são considerados focos de casos, precisarão ainda cumprir toque de recolher noturno e tem apenas uma hora de exercício diário no lado de fora das casas autorizado.   

A Austrália contabiliza 42.229 contaminações e 975 mortes desde o início da crise sanitária, sendo que nos últimos 28 dias, de acordo com a Johns Hopkins, foram 9.646 contágios e 60 vítimas.   

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