Vinícius Schmidt/Metrópoles

O Brasil deve receber as primeiras doses da vacina contra a varíola dos macacos (monkeypox) nas próximas semanas. O país conseguiu 50 mil doses em uma remessa destinada aos países das Américas intermediada pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O lote será suficiente para imunizar cerca de 25 mil pessoas, pois o esquema vacinal é de duas doses com intervalo de cerca de 30 dias entre elas.

O Ministério da Saúde ainda não definiu a data de início da vacinação no país, nem o público-alvo que receberá os imunizantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS), que declarou a doença como emergência de saúde pública global em 23 de julho, não recomenda a vacinação em massa da população neste momento.

Países que já iniciaram a campanha de vacinação contra à varíola dos macacos, como o Reino Unido, elegeram como prioritários os profissionais de saúde que estão lidando com os pacientes diagnosticados e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado.

A vacinação contra a varíola dos macacos é uma estratégia indicada tanto para a prevenção como para a profilaxia pós-exposição. Isso significa que ela funciona para ensinar o corpo a combater o vírus antes de uma infecção e também ajuda na formação de defesas após a exposição ao vírus.

Vacinas disponíveis

Atualmente existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi.

Embora o Ministério da Saúde não confirme qual imunizante será aplicado no Brasil, é provável que seja a Jynneos, também conhecida como Imvamune ou Imvanex, por ser a única reconhecida pela OMS.

Casos confirmados

O Brasil registrou 1.721 casos confirmados de varíola dos macacos até a última atualização do Ministério da Saúde, feita na quinta-feira (4/8). O estado com maior número de infectados é São Paulo (1.298), seguido de Rio de Janeiro (190), Minas Gerais (75) e Distrito Federal (38).

Transmissão e sintomas

A transmissão do vírus ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes. Até aqui, não há confirmação de que ocorra transmissão via sexual, mas a hipótese está sendo levantada pelos cientistas.

O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias. Os sintomas costumam aparecer 10 ou 14 dias após o momento da infecção. Os primeiros sinais são febre, mal-estar e dor. Cerca de três dias depois, os pacientes passam a apresentar bolhas pelo corpo – parecidas com as da catapora. A doença termina em um período entre três e quatro semanas.

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