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Classificada como uma ‘variante de interesse’ pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a subvariante XBB.1.16 da Ômicron, também conhecida como Arcturus, surgiu com um novo sintoma estranho que antes era extremamente raro no coronavírus: a conjuntivite.

A condição, também conhecida por “olhos rosas” é caracterizada pela inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. A conjuntivite pode ser extremamente contagiosa, sendo transmitida pelo contato com as secreções oculares da pessoa infectada.

Os sintomas incluem vermelhidão, coceira e lacrimejamento dos olhos. Também podem ocorrer secreções ou crostas ao redor dos olhos. Em geral, ataca os dois olhos, pode durar de uma semana a 15 dias e não costuma deixar sequelas. Autoridades americanas já começaram a alertar o público a praticar as precauções padrão do COVID-19 para retardar sua propagação.

Embora tenha havido apenas três casos confirmados no condado de Los Angeles, o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) prevê até 8% dos casos de COVID-19 na Califórnia e 10% dos casos nacionalmente devido ao XBB.1.16. Em São Paulo, a prefeitura já confirmou a identificação de um caso de Covid-19 provocado pela subvariante XBB.1.16 da Ômicron, o primeiro até agora divulgado no Brasil.

“O paciente é um homem de 75 anos de idade, acamado e com comorbidades, que apresentou os sintomas de síndrome gripal e febre persistente no dia 7 de abril, sendo encaminhado para atendimento em um hospital privado da capital, com alta médica na última quinta-feira (27)”, disse o município, em nota.

Embora não totalmente confirmado pelos cientistas, acredita-se que Arcturus aumente o risco de conjuntivite em pessoas infectadas com ele, com muitos relatos de coceira e olhos vermelhos em novos casos. Sintomas semelhantes foram relatados em pacientes indianos, onde as novas cepas estão se tornando dominante. Anteriormente, apenas 3% dos casos de Covid-19 relatavam esse sintoma.

Juntamente com a conjuntivite, Arcturus parece compartilhar os mesmos sintomas de febre, tosse e falta de ar, e não parece ser mais perigoso do que as variantes existentes. Como uma subvariante do Omicron, ainda se espera que as vacinas forneçam forte proteção contra ele, embora as pessoas vulneráveis devam ter mais cautela devido ao quão infecciosa é a variante.

A Arcturus é mais grave?

Em uma avaliação de risco inicial sobre a Arcturus, publicada no meio de abril, a OMS escreveu que, embora seja observada uma vantagem de crescimento e de escape imunológico, o que leva aos quadros de reinfecção, “nenhuma mudança na gravidade foi relatada em países onde a XBB.1.16 está circulando”.

Em nota, o Ministério da Saúde também afirma que, por enquanto, “evidências atuais relacionadas a esta linhagem da variante ômicron não indicam risco adicional à saúde pública se comparada a XBB.1.5 (principal linhagem em circulação no Brasil atualmente), bem como não há evidências de alteração na gravidade dos casos”.

Com informações de: O Globo

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