O promotor Marcos Kac, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), alegou, em denúncia contra o vereador Dr. Jairinho e Monique Medeiros, que a mãe do menino Henry Borel, de 4 anos, sabia que o namorado chegava mais cedo em casa para agredir a criança.

“Ela se omite o tempo todo. Permitiu que a criança fosse agredida sistematicamente”, diz o promotor. Monique responde a homicídio por omissão e dois crimes de tortura, já que foi avisada em duas ocasiões (2 de fevereiro e 12 de fevereiro) das agressões ao menino. “Ela sabia que Jairo chegava sistematicamente mais cedo em casa, se trancava com a criança no quarto e o agredia”, continua Kac. “Havia uma rotina de tortura. Isso está mais que provado.”

Para o promotor, a motivação do crime é clara: “Agressões e posterior homicídio acontecem por Jairinho acreditar que criança atrapalhava a relação do casal.”

Além disso, a mãe de Henry também é acusada de falsidade ideológica pelas mentiras contadas nos atendimentos médicos.

Ambos respondem por coação no curso do processo, intimidação de testemunhas, manipulação de depoimentos e fraude processual, por terem tentado mudar a forma do desfechos, interferindo na necessidade de encaminhar o corpo da criança para o Instituto Médico-Legal (IML).

Denúncia do MP

O Ministério Público do Rio de Janeiro, por meio do promotor Marcos Kac, denunciou à Justiça o vereador Dr. Jairinho (sem partido) e a professora Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, de 4 anos, por tortura qualificada e homicídio triplamente qualificado contra a criança.

No documento, Kac pede à juíza Elizabeth Machado Louro, titular do 2º Tribunal do Júri, a conversão da prisão temporária em preventiva.

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