Acusado pela morte do campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo, de 33 anos, e preso temporariamente, o tenente da Polícia Militar Henrique Otavio Oliveira Velozo (na foto em destaque), de 30, idealizou um projeto para a prevenção de crimes contra as mulheres.

O curso, chamado Segunda Força – a hora da mudança!, foi desenvolvido em parceria com a Associação de Oficiais Militares do Estado de São Paulo (Defenda PM), e divulgado em dezembro de 2019.

De acordo com publicações feitas à época, o projeto tinha como objetivo a preparação e a instrumentalização efetiva na defesa pessoal e na inteligência emocional das mulheres. Além disso, Henrique Velozo também ministrava aulas sobre assertividade no posicionamento pessoal e em aspectos jurídicos.

Leandro foi baleado na madrugada do último domingo (7/8), durante um show do grupo Pixote, no Esporte Clube Sírio, no bairro da Saúde, zona sul da capital paulista.

Após a Justiça decretar a prisão temporária de Velozo, o policial se entregou à Corregedoria da Polícia Militar no fim da tarde de domingo.

Em vídeo publicado no canal do Defenda PM nas redes sociais, Velozo afirma que a prevenção do crime e o fortalecimento da autoconfiança “passam pelo necessário acesso à informação”.

“A ideia é que as participantes conheçam técnicas capazes de evitar o crime. O foco é a prevenção primária, não queremos motivar o enfrentamento, mas preparar a neutralização de um possível ataque”, relatou em determinado trecho da entrevista.

Condenação por agressão e desacato

Henrique Velozo tem uma condenação por agressão e desacato na Justiça Militar de São Paulo. O caso também ocorreu em uma boate paulistana.

Na madrugada de 27 de outubro de 2017, o tenente envolveu-se em uma briga na extinta The Week, localizada na Lapa. Ao ser abordado pelos policiais acionados para atender à ocorrência, já do lado de fora do local, ele agrediu e desacatou os colegas de farda.

A condenação foi proferida em maio do ano passado e estipulou como penalidade 9 meses de prisão em regime aberto. Conforme relatado na decisão, Henrique estava exaltado e deu um soco no braço do soldado Flávio Alves Ferreira. Ele teria feito xingamentos e, ainda, questionou: “Quem é você?”.

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