Rubens Villar Coelho, o Colômbia

Os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, em junho do ano passado, no Vale do Javari, foram encomendados por Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia. Essa é a conclusão das investigações da Polícia Federal divulgadas na tarde desta segunda-feira (23) pelo o ex-superintendente da PF Eduardo Fontes, em entrevista coletiva.

De acordo com Fontes, o caso está 90% concluído e há “indícios veementes” de que o Colômbia, é o mandante dos crimes.

‘Colômbia’ responde na Justiça Federal por um processo no qual é acusado de liderar a pesca ilegal no Vale do Javari, local em que a dupla foi assassinada. Ele está preso desde dezembro, acusado de ser o mandante do crime.

“Não tenho dúvida que o mandante foi o Colômbia. Temos provas que ele fornecia as munições para o Jefferson e o Amarildo, as mesmas encontradas no caso. Ele pagou o advogado inicial de defesa do Amarildo”, acrescentou Alexandre Fontes.

Os executores

Os executores foram Amarildo Oliveira, o Pelado; seu irmão Oseney de Oliveira, o Dos Santos; e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha, conforme denúncia do Ministério Público Federal.

Ainda segundo a PF, uma quarta pessoa foi indiciada sob suspeita de participação no duplo homicídio, Edvaldo da Costa Oliveira, apontada como o responsável por entregar a espingarda de calibre 16 nas mãos de Jefferson, conforme a polícia. A arma foi a usada nos assassinatos, e Edvaldo tinha conhecimento do que ocorreria, segundo a polícia.

Os investigadores também adicionaram um crime sob investigação, de corrupção de menores, por ter havido participação de um sobrinho de Amarildo na ocultação dos cadáveres, afirmou a PF.

Relembre o caso

Dom e Bruno foram executados a tiros em 5 de junho na reserva indígena Vale do Javari. Amarildo da Costa de Oliveira, 41, Jefferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha, e Oseney da Costa de Oliveira, 41, estão presos.

Colômbia já tinha sido preso por falsidade ideológica em julho do ano passado, após apresentar documentos falsos ao ouvido pela polícia em Tabatinga sobre suposta participação nos homicídios.

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