Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (AM), líder do MDB, e o ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU), receberam intimação para depor no inquérito que apura se a JBS fez doações de R$ 40 milhões na campanha eleitoral de 2014.

“Eu recebi um agendamento de oitiva. E, como sempre, presto todos os esclarecimentos e apoio toda e qualquer operação. Agora, o que não é justo é ‘fake news’ dizer que imóveis e gabinete tenham sofrido busca e apreensão. Eu não sofri busca e apreensão”, disse Braga no Palácio do Planalto, onde concedeu uma entrevista.

O senador disse ainda que marcará uma data para esclarecer a questão e ressaltou que não tem “nenhuma relação com nenhuma consultoria de nenhuma ordem ou natureza”.

Desdobramento

A ação é um desdobramento do inquérito 4707, que apura supostas doações de R$ 40 milhões feitas pelo grupo Grupo J&F a senadores do MDB para as eleições de 2014. A informação partiu do depoimento de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, e também consta na colaboração do ex-executivo do grupo, Ricardo Saud, que serviu como base para a instauração do inquérito.

Em sua delação, Saud indicou ainda que operacionalizou suposto pagamento de R$ 40.982.601,00 a pedido do ex-ministro Guido Mantega (Fazenda/2006/2015/Governos Lula e Dilma) ‘com o objetivo de garantir unidade do PMDB em prol da candidatura da ex-presidente Dilma Rousseff’. O delator disse ainda que os pagamentos foram feitos por meio de ‘simulação da prestação de serviços e emissão de notas fiscais fraudulentas, entregas em espécie e doações oficiais’.

Saud citou supostos pagamentos para Eduardo Braga e Renan Calheiros, o ex-senador e atual do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo Filho, o ex-senador Eunício Oliveira (CE), ex-senador Valdir Raupp (RO), o senador Jader Barbalho (MDB-PA).

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