O Progressistas (PP) oficializou, nesta quarta-feira (27/7), o apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). A coligação PP-PL-Republicanos foi confirmada por aclamação em convenção partidária realizada no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.

O evento contou com a participação do mandatário da República e da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, além de ministros, do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), e da deputada Celina Leão (DF), que é candidata a vice-governadora do Distrito Federal na chapa do atual governador, Ibaneis Rocha (MDB). O chefe do Executivo brasiliense também prestigiou a cerimonia.

A cerimônia para confirmar apoio a Bolsonaro ocorre dias após o nome do atual presidente ser oficializado como candidato do PL ao pleito. Na mesma oportunidade, a legenda também oficializou o general Walter Braga Netto como vice da chapa para as eleições. Neste mesmo dia, Lira também esteve presente, ocasião em que vestiu uma camiseta com o nome do atual chefe do Executivo federal.

O presidente nacional do PP e ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PI), também participou da cerimônia e não poupou elogios ao chefe. “O presidente Bolsonaro de 2022 é muito melhor que o presidente Bolsonaro de 2018. Ao contrário de seu oponente, que é muito pior em 2022 do que em 2002. Temos que fazer essas comparações”, discursou.

“Não dá para comparar o governo do presidente Bolsonaro como nenhum outro. Porque nenhum enfrentou a maior pandemia da história do nosso país. Vamos fazer uma viagem muito mais tranquila no segundo mandato. Não tenha dúvidas disso e pode ter certeza que nós progressistas iremos estar ao seu lado”, completou.

Recentemente, Nogueira, que já apoiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outras eleições, saiu em defesa de Bolsonaro, após banqueiros e empresários sinalizarem com a divulgação de uma carta com críticas ao atual mandatário do país.

Formulado por professores da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), o documento recebeu o apoio de políticos de esquerda e de direita, de economistas ortodoxos e heterodoxos; de advogados lavajatistas e garantistas e até mesmo de personagens que já estiveram ligados ao governo Bolsonaro.

Sem citar nomes justamente como tática para atrair uma ampla gama de apoios, a carta afirma que o Brasil “está passando por um momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições”.

“Bolsonaro pensa como nós”

Em seu discurso, o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que o objetivo do Progressistas é “ser o partido mais destacado nessas eleições”. “Claro que o presidente Bolsonaro e o PL fizeram um ótimo trabalho de crescimento de bancada. Mas nós estamos buscando crescer o suficiente para sermos uma força imprescindível para a governabilidade”, disse.

Barros ainda defendeu o voto em Bolsonaro, que, segundo ele, está alinhado com os ideias partidários do PP. “Queremos pedir aos senhores engajamento, determinação, luta na campanha até o último dia para que tenhamos mais deputados estaduais, federais e mais senadores. E tenhamos a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Ele pensa como nós pensamos, foi nosso colega de partido muito anos na Câmara. Mais quatro anos de Bolsonaro o Brasil vai decolar e todos nós vamos prosperar”, ressaltou.

Convenções partidárias

As convenções partidárias são reuniões de filiados para escolha de candidatos e oficialização de coligações com o intuito de disputar um cargo eletivo. A definição ocorre por meio de decisão dos filiados, podendo acontecer mediante votação ou aclamação.

Os eventos também servem para confirmar candidaturas que tentam uma cadeira no Congresso Nacional, nos Executivos estaduais e nas Assembleias Legislativas. Conforme definido pela legislação, as cerimônias podem ocorrer de 20 julho a 5 de agosto.

Os atos ainda marcam o sorteio do número que cada candidato irá concorrer nas eleições. Aos partidos políticos fica garantido o direito de manter os números concedidos à sua legenda na eleição anterior e aos candidatos, bem como o direito de manter os números que lhes foram atribuídos na eleição anterior para o mesmo cargo.

Vale ressaltar que a legislação eleitoral veda a candidatura avulsa até em casos em que a pessoa está filiada a um partido político. Passado o período das convenções, as legendas terão até 15 de agosto para registrar seus candidatos no TSE. A partir de 16 de agosto, inicia-se, oficialmente, a campanha eleitoral.

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