O prefeito de Autazes, Raimundo Wanderlan Sampaio (PMDB) eleito em 2012, mas teve seu registro de candidatura negado pelo Tribunal Superior Eleitoral, em outubro do ano passado e ainda ficou inelegível por 8 nos, mas permanece no cargo, resolveu na última segunda-feira suspender o atendimento do expediente por toda manhã para que o servidores municipais participassem de uma passeata em seu favor e contra a decisão do TSE.

De acordo com fotos que o Fato Amazônico, teve acesso com exclusividade, na portas das Unidades de Saúde, foi afixado cartazes comunicando que não haveria expediente e convocando a todos os servidores a comparecerem em frente ao estádio do município para participarem da manifestação.

Wanderlan, trava uma luta contra o segundo colocado no pleito de 2012, o ex-prefeito José Thomé Filho (PSD), que já ganhou duas liminares para assumir, mas na hora da diplomação a decisão que lhe dar o direito de ser diplomado para assumir, é casada.

Na primeira vez ele seria empossado, mas o juiz Victor André Liuzzi Gomes, derrubou a decisão do juiz da comarcada. A liminar do magistrado em favor de Wanderlan, foi derrubada por Antônio Carlos Pinto da Costa, mas 24 horas antes da diplomação, a desembargadora Socorro Guedes, Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral, casou a liminar e manteve Wanderlan, no cargo.

O matadouro de Autazes, por determinação do prefeito também ficou fechado

A cassação

O TSE aceitou recurso do Ministério Público Eleitoral, que solicitou o indeferimento do registro do candidato e sua inelegibilidade por oito anos por ter ele mantido rádio clandestina “pirata” comunitária, violando a legislação do setor de telecomunicações.

Ao reconhecer que o candidato cometeu um crime contra a Administração Pública, estando, por isso, enquadrado em inelegibilidade, o relator, ministro Marco Aurélio, aceitou recurso do Ministério Público para negar o registro de candidatura. As atividades de telecomunicações são de exploração exclusiva da União na forma direta ou mediante concessão.

O ministro relator informou que, pelos autos do processo, Raimundo Wanderlan, condenado pelo crime de atividade clandestina de telecomunicação, está inelegível com base na legislação.

A reportagem do Fato Amazônico tentou contato pelo celular 81×3-4x3x com o prefeito Wanderlan, para que ele falasse da denúncia, mas até o fechamento da matéria não obteve êxito.

Artigo anteriorBotafogo estreia na Libertadores contra equatorianos nesta quarta
Próximo artigoDesembargadora vota pela prescrição de ação contra Adail, mas pede desculpas pela falha do poder na demora em punir