O ex-policial militar Edelvan Moura, acusado do crime foi preso em Cacoal, mas qualquer envolvimento com a execução

Há nove meses, o presidente da Associação Transparência Humaitá, Emerson Jorge Auler, foi emboscado e morto com três tiros no peito na porta de sua casa, localizada na Rodovia Transamazônica, ao lado do Bar Saviolla, no bairro São Pedro.  Até hoje, nenhuma solução para o caso. O assassinato aconteceu exatamente no dia 8 de dezembro de 2021.

A única resposta não veio da Polícia Civil de Humaitá, mas de Cacoal (RO), onde o ex-policial militar Edelvan Moura da Silva, 37 anos, acusado de matar a tiros Emerson, foi preso temporariamente dia 4 de janeiro, mas depois teve a prisão convertida em preventiva.

Em depoimento em Cacoal, o ex-policial militar negou a autoridade policial de qualquer envolvimento com envolvimento com a morte de Emerson Auler.

Com a prisão do ex-policial militar esperava-se que fossem esclarecidas aos moradores do município as circunstâncias do crime, fato que não ocorreu até a saída do delegado Mário Melo, responsável pelas investigações.

De acordo com informações de fontes do Fato Amazônico, Mário Melo deixou Humaitá há cerca de quatro meses e o município ficou sem delegado.

Com a saída do delegado, a morte do presidente da Associação Transparência Humaitá teria praticamente voltado a estaca zero. Nem mesmo a família tem informações sobre o andamento das investigações.

Emerson Auler denunciava corrupção no âmbito das administrações dos poderes executivo e legislativo do município.

Após prisão do ex-policial, a expectativa era saber se o crime tinha relação com as denúncias contra o executivo e legislativo ou com a reintegração de posse de uma área de terra de sua propriedade localizada na Comunidade de Realidade (hoje distrito).

Emerson Auler, presidente da Associação Transparência Humaitá foi morto a tiros em dezembro de 2021 na porta de sua casa

Por ocasião da desapropriação, Auler foi ameaçado por uma pessoa que dizia, em áudio, “não ficar assim”.

Procurada pela reportagem do Fato Amazônico, a assessoria da Polícia Civil não informou o motivo da inexistência de delegado em Humaitá, assim como se o ex-delegado do município, Mário Melo ouviu o suspeito preso em Cacoal.

Para lembrar

No dia 4, à noite, policiais de Ariquemes e Cacoal abordaram uma picape Hilux placa, NCI2675, de Buritis-Ro, estacionada no posto de combustível e dentro no banco de trás estava Edelvan Moura.

O veículo era dirigido por Adilson Leandro Fernandes, 41, preso em flagrante por porte ilegal de ama de fogo.

Na revista da Hilux, os policiais encontraram uma pistola, marca Taurus modelo G2C Colors, na porta do motorista, carregada com 13 munições.

Questionado à quem pertencia a arma Adilson Leandro disse que era sua, mas que não tinha porte de arma.

O ex-policial militar Edelvan Moura da Silva, que é natural do município de Buritis (RO) foi condenado pelo crime em 2015 por tortura, perdeu a função pública e foi expulso da Polícia Militar daquele estado.

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