Em uma votação crucial realizada na tarde desta quinta-feira (9), os docentes da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) decidiram não aderir a uma greve. A decisão veio após uma Assembleia Geral Descentralizada que contou com a participação de professores dos seis campi da universidade, localizados em Coari, Benjamin Constant, Humaitá, Itacoatiara, Manaus e Parintins.
Os resultados da votação mostraram uma clara maioria contrária à greve, com 251 votos contra a deflagração, 155 favoráveis e dez abstenções, o que representa 60,33% dos votos totais. Em Manaus, o maior campus, 207 docentes votaram contra a greve, enquanto 102 foram favoráveis e sete se abstiveram.
Nos outros campi, a tendência também foi de rejeição à greve, com exceção de Humaitá, onde 27 votos foram a favor e nenhum contra. Em Coari e Itacoatiara, a maioria dos docentes votou contra a paralisação, enquanto em Parintins a votação foi mais equilibrada, com uma ligeira vantagem para os contrários à greve.
Essa decisão ocorre em um contexto nacional onde, segundo o Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN, 50 instituições federais de ensino já estão em greve, incluindo 43 universidades. O sindicato nacional da categoria, ANDES-SN, relata que outras instituições ainda têm greves previstas para os próximos dias.
A rejeição à greve pela UFAM segue a tendência de outras assembleias recentes onde propostas do governo foram discutidas. No dia 25 de abril, a Adua, sindicato dos docentes da UFAM, votou contra uma proposta do governo que previa reajuste salarial de 0% em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026, durante a Mesa Específica e Temporária da Carreira.
Com esta decisão, a UFAM se posiciona de forma cautelosa em um momento de tensões e greves no cenário educacional brasileiro, optando por continuar suas atividades regulares enquanto outras instituições enfrentam paralisações.
