Em uma pergunta enviada ao Folha ao Vivo, o infectologista do instituto de Infectologia Emilio Ribas, Leonardo Weismann, respondeu a seguinte pergunta:

Qual a diferença entre usar o álcool em gel ou álcool comum? Há vários tipos de álcool no mercado. Qual deve ser usado?

“Há respaldo na literatura médica que indica que a concentração de 65% é eficaz contra bactérias, fungos e vírus, como coronavírus.

Segundo o infectologista, não é possível substituir o álcool em gel por álcool líquido porque a versão líquida do produto resseca a pele. Com o ressecamento, é possível haver rachaduras e fissuras na pele, facilitando a infecção pelo coronavírus por meios dessas novas “portas de entrada”.

“O álcool em gel contém agentes que evitam o ressecamento das mãos”, diz Weismann.

Não há outra substância que possa substituir o álcool em gel. Isso porque o álcool em gel em si já substitui a medida mais eficaz de higienização: lavar as mãos com água e sabão.

O álcool em gel deve ser utilizado apenas em situações em que não há qualquer possibilidade de lavar as mãos. Weismann ressalta, também, que o uso de álcool em gel com mãos sujas, quando a sujeira é visível, corta a eficácia do álcool.

“O álcool gel não deve ser usado se houver sujeira visível nas mãos ou histórico de alergia a este produto. O uso é exclusivamente na pele; se ingerir, ainda que acidentalmente, o médico deve ser consultado”, aponta.

Artigo anteriorComunitários de Reservas Sustentáveis recebem capacitação para impulsionar turismo de base comunitária no Amazonas 
Próximo artigoBenjamin Constant recebe decreto com medidas de prevenção ao coronavírus