Foto: Acervo do Juizado

Com objetivo de articular ações e fortalecer a rede de combate à violência doméstica e apoio às vítimas, a equipe de atendimento multidisciplinar do 3.º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (“3.º Juizado Maria da Penha”), do Tribunal de Justiça do Amazonas, programou para o próximo mês de janeiro a segunda reunião com conselheiros tutelares da capital. O encontro, marcado para o dia 30/01, dará continuidade ao trabalho iniciado em reunião da equipe com conselheiros tutelares no último mês de novembro, durante as atividades da “22.ª Semana da Justiça pela Paz em Casa”.

Daquele primeiro encontro, participaram a vice-coordenadora geral do conselheiros, Angela Aguiar dos Santos, do CT Zona Leste II; e as conselheiras Iolene Oliveira de Souza, do CT Zona Leste I; Carla Olivia Ribeiro,e Rosália Bernadino de Aguiar, do CT Zona Leste II.

“Observamos, nos atendimentos diários que realizamos no Juizado, que a violência doméstica atinge não somente a mulher, mas toda a unidade familiar, principalmente, crianças e adolescentes. Então, é imprescindível que as ações de prevenção, proteção e assistência sejam pensadas e voltadas para todos os envolvidos”, explicou Rafaela Pereira Ramos, assistente social do “3.º Juizado Maria da Penha”.

De acordo com a assistente social, uma das atribuições das equipes dos “Juizados Maria da Penha” é a articulação, mobilização e o fortalecimento da rede de proteção, por meio de reuniões internas e externas com os diversos integrantes da rede pública, municipal e estadual, incluindo os Conselhos Tutelares.

A primeira reunião da equipe multidisciplinar com conselheiros tutelares foi realizada durante a 22ª Semana da Justiça pela Paz em Casa, e reuniu a vice coordenadora geral do conselheiros, Angela Aguiar dos Santos do CT Zona Leste II, as conselheiras Iolene Oliveira de Souza (CT Zona Leste I); Carla Olivia Ribeiro (CT Zona Leste II) e Rosália Bernadino de Aguiar (CT Zona Leste II). 

Na reunião com os conselheiras tutelares realizadas em novembro, a equipe multidisciplinar do “3.º Juizado Maria da Penha”, formada pela psicóloga Hillene Freitas; pela assistente social Rafaela, além da estagiária de serviço social Yohanna Ferreira do Vale e as estagiárias de psicologia Raiane dos Santos Raios e Markelle Ribeiro Bastos, buscaram conhecer as demandas relacionadas à violência doméstica e familiar contra a mulher atendidas pelas profissionais, bem como as dúvidas a respeito do tema.

“A partir disso, estamos elaborando uma oficina de capacitação, com a finalidade de aperfeiçoar as ações de enfrentamento da violência contra a mulher. Muitas mulheres ainda têm grandes dificuldades de romper com o ciclo da violência e denunciar o agressor por temerem não conseguir suprir as necessidades materiais dos filhos sozinhas”, explicou a assistente social.

Para a vice-coordenadora geral dos conselheiros, Angela Aguiar dos Santos, a troca de informações e o estreitamento de relações entre conselhos tutelares e “Juizado Maria da Penha” é imprescindível para o fortalecimento da rede de apoio às crianças e aos adolescentes que também se tornam vítimas ao presenciarem a violência em casa e relatam isso durante depoimentos ao Conselho Tutelar.

“Tivemos esclarecimentos e orientações da equipe do ‘3.º Juizado Maria da Penha’, pois cerca de 40% dos nossos atendimentos são relatos de violência contra a mulher, seja violência física, emocional ou psicológica, e consequentemente contra as crianças e adolescentes. A mãe que é vítima de violência doméstica precisa de ajuda para dar uma vida melhor para os filhos e quando entramos com a extensão da rede para essa mãe, as crianças também são beneficiadas”, afirmou a conselheira tutelar.

A assistente social Rafaela lembrou que é preciso considerar também as consequências severas para crianças e adolescentes que são expostos cotidianamente a situações de violência no âmbito familiar, devido à sua condição peculiar de pessoas em desenvolvimento.

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