Reprodução/ Funai

A Fundação Nacional do Índio (Funai) informou, neste sábado (27/8), ter encontrado o corpo do indígena Tanaru, também conhecido como “Índio do Buraco”. Ele era o único sobrevivente de sua etnia, que foi alvo de um massacre nos anos 1990, e vivia isolado há 26 anos.

O falecimento foi informado “com imenso pesar” pela instituição, que realizava o monitoramento de suas movimentações. Os indícios são de que a morte tenha ocorrido por causas naturais, o que será confirmado por laudo de médico legista da Polícia Federal (PF).

Ele foi encontrado na última quinta-feira (25/8), deitado na rede de dormir de sua palhoça. “Não havia vestígios da presença de pessoas no local, tampouco foram avistadas marcações na mata durante o percurso. Também não havia sinais de violência ou luta. Os pertences, utensílios e objetos utilizados costumeiramente pelo indígena permaneciam em seus devidos lugares. No interior da palhoça havia dois locais de fogo próximos da sua rede”, informa a nota da Funai.

O homem recursou contato com as equipes da fundação ao longo dos anos, abandonando as cabanas quando era visto e construindo novas. “Seguindo a numeração da lista de habitações do índio Tanaru registradas pela Funai ao longo de 26 anos, essa palhoça é a de número 53, seguindo o mesmo padrão arquitetônico das demais, com uma única porta de entrada/saída e sempre com um buraco no interior da casa”, explica o pronunciamento.

A perícia do local é feita por profissionais da PF, “com especialistas do Instituto Nacional de Criminalística (INC) de Brasília e apoio de peritos criminais de Vilhena (RO)”.

Tanaru foi filmado pela última vez em 2018. Veja as imagens feitas pela Funai à época: 

(Metrópoles)

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