Mergulhadores recuperam pedaço da fuselagem do avião da Air France que caiu no Oceano Atlântico quando voava do Rio de Janeiro aa Paris, em 8 de junho de 2009. Foto da Marinha do Brasil

PARIS (Reuters) – Um tribunal francês inocentou nesta segunda-feira a fabricante europeia de aviões Airbus e a Air France da acusação de “homicídio involuntário”, quase 14 anos depois que um avião caiu no oceano Atlântico quando fazia a rota do Rio de Janeiro para Paris, matando todos a bordo.

A decisão segue um julgamento público histórico sobre o desaparecimento do AF447 em uma tempestade equatorial em 1º de junho de 2009, com as famílias das 228 vítimas exigindo justiça, mas os promotores de Paris reconheceram que a culpa formal não pode ser provada.

O veredicto ocorreu após o primeiro julgamento da França por homicídio involuntário corporativo, para o qual a multa máxima é de 225.000 euros.

Depois de uma busca de dois anos pelas caixas-pretas do A330 usando submarinos remotos, os investigadores descobriram que os pilotos responderam desajeitadamente a um problema envolvendo sensores de velocidade congelados e caíram em queda livre sem responder aos alertas de perda de sustentação.

Mas o julgamento também destacou discussões anteriores entre a Air France e a Airbus sobre problemas crescentes com “tubos de Pitot” externos que geram as leituras de velocidade.

Ambas as empresas se declararam inocentes.

Ao anunciar o veredicto, o juiz do tribunal criminal de Paris listou vários atos de negligência de ambas as empresas, mas disse que eles ficaram aquém da certeza necessária para estabelecer responsabilidade firme pelo pior desastre aéreo da França.

“Um provável nexo causal não é suficiente para caracterizar um delito”, disse o juiz ao tribunal lotado.

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