Dias antes de desaparecer no dia cinco deste mês do município de Atalaia do Norte, no trajeto entre a comunidade de São Rafael e Atalaia do Norte, na companhia do jornalista inglês, Dom Pihilips, o indigenista Bruno Araújo Pereira, em meio à floresta amazônica, viveu momentos de suprema felicidade ao lado de um grupo de índios a etnia marubo.
Pitando um cigarro, Bruno é só felicidade. Na língua da etnia, ele canta com os seus amigos uma bela e animada canção, repetida todas as vezes que uma voz, saída da mata, começa.
A intimidade Bruno com os índios do Vale do Javari é registrada em outros momentos. Um vídeo publicado nas redes sociais antes do seu sumiço, Bruno aparece, novamente, feliz, aos risos e abraços enquanto se deslocava em uma pequena embarcação com o mesmo grupo indígena da etnia marubo.
A Polícia Federal e equipes de busca indígenas descartaram nesta segunda-feira relatos de que teriam sido encontrados os corpos do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, desaparecidos há mais de uma semana na floresta amazônica.
No domingo, a polícia disse que equipes de busca encontraram pertences do repórter freelancer e do ex-funcionário da Fundação Nacional do Índio (Funai) perto do rio de onde foram vistos pela última vez em 5 de junho.
No entanto, um comunicado da PF e um porta-voz da associação indígena União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), que organiza buscas desde 5 de junho, negaram relatos posteriores de que dois corpos tinham sido encontrados.
A notícia do desaparecimento repercutiu globalmente, e ambientalistas e ativistas de direitos humanos pediram ao presidente Jair Bolsonaro que intensificasse as buscas.
Bolsonaro, que no ano passado enfrentou um duro questionamento de Phillips em entrevista coletiva sobre o enfraquecimento da aplicação da lei ambiental no Brasil, disse na semana passada que os dois homens estavam em “uma aventura que não é recomendável” e sugeriu que eles podem ter sido executados.
