Uma “brincadeira” perigosa envolvendo armas que disparam bolinhas de gel tem ganhado notoriedade nas redes sociais e despertado preocupação. Na última sexta-feira (13), quatro jovens invadiram a loja da Havan, localizada no Shopping Manaus ViaNorte, Zona Norte de Manaus, para promover a primeira “batalha” de bolinhas de gel dentro do estabelecimento. O momento foi registrado em vídeo e rapidamente compartilhado em grupos de WhatsApp.

No vídeo, os jovens aparecem rindo e anunciando o início do confronto com as armas de gel, aparentemente sem considerar os riscos que a atividade representa. Este comportamento tem sido crescente na capital amazonense, levantando alarmes sobre a segurança e as possíveis consequências dessas ações.

Alerta da Polícia Militar

O sargento Alisson Carvalho, da Polícia Militar do Amazonas (PM), utilizou suas redes sociais para alertar os jovens sobre o perigo dessa “brincadeira”. O policial fez um apelo direto aos envolvidos, destacando que as armas de gel podem facilmente ser confundidas com armamentos reais, expondo os jovens a riscos graves, como reações violentas e possíveis confrontos com forças de segurança.

“Estamos observando que diversos jovens estão adquirindo esses armamentos que disparam bolinhas de gel em forma de brincadeira, entretanto, você está correndo sério risco de vida. Essas armas podem ser confundidas com armas de fogo reais, e isso pode acabar em uma tragédia”, alertou o sargento.

O militar também ressaltou o potencial de lesões permanentes causadas pelas bolinhas disparadas, além do impacto psicológico sobre pessoas que podem se assustar ao confundir a arma de brinquedo com uma verdadeira. Ele pediu que os jovens evitassem realizar essas “batalhas” em espaços públicos.

O crescimento das “batalhas” de gel

A prática ganhou destaque após influenciadores como Nino Abravanel e Buzeira postarem vídeos em suas redes sociais mostrando batalhas com armas de gel. Essas armas são elétricas e imitam modelos de grosso calibre, como rifles AK-47, sendo capazes de disparar até 300 bolinhas de gel por minuto.

Apesar de a “brincadeira” parecer inofensiva à primeira vista, especialistas apontam que a semelhança com armas reais pode gerar pânico entre a população e até provocar acidentes graves. Até o momento, não existe uma legislação específica que regule a venda e o uso desses produtos no Brasil, mas o aumento dos casos está chamando a atenção das autoridades.

A tendência é que, diante da popularização dessa prática e dos riscos associados, as autoridades intensifiquem as fiscalizações e tomem medidas para coibir o uso inadequado dessas armas, que, embora sejam brinquedos, podem trazer graves consequências.

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