O miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, morto durante uma ação policial no dia 9 de fevereiro, na cidade de Esplanada (BA), resistiu à prisão e atirou sete vezes contra três policiais militares baianos, segundo o inquérito da polícia.

A investigação sobre a morte de Adriano foi concluída e divulgada nesta quarta-feira (26/8) pela Polícia Civil da Bahia (PCBA). Os agentes descartaram a hipótese de que o miliciano foi torturado e executado.

“Através dos depoimentos de testemunhas e dos envolvidos, além dos exames, percebemos que os policiais atuaram na tentativa de efetuar a prisão e acabaram entrando em confronto, após disparos de Adriano”, afirmou o delegado Marcelo Sansão.

O ex-policial militar era apontado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) como chefe do Escritório do Crime. Também foi citado no suposto esquema de rachadinha praticado no então gabinete de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ele estava foragido quando foi morto durante o tiroteio.

O perito criminal José Carlos Montenegro, um dos responsáveis pela reprodução simulada da morte de Adriano feita pela PCBA, frisou que os policiais foram ouvidos separadamente.

“Remontamos o cenário, com cada um de forma isolada, e a sequência relatada foi a mesma. O cenário analisado retrata um confronto”, destacou o investigador, durante a coletiva.

Montenegro disse ainda que o miliciano disparou sete vezes, sendo que dois desses projeteis atingiram o escudo dos policiais e os outros a parede e uma janela.

Já o diretor do Instituto Médico Legal (IML), Mário Câmara, reforçou que a necropsia não constatou tortura nem tiros com as armas encostadas em Adriano.

“Foram dois tiros que atingiram Adriano, em distâncias superiores a um metro“, concluiu o perito. (Metrópoles)

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