Para minimizar os impactos de uma estiagem severa, governador Wilson Lima tem coordenado o planejamento de ações e ido a Brasília em busca de apoio do Governo Federal

O governador Wilson Lima anunciou, nesta quinta-feira (09/05), a emissão de licenças ambientais para a dragagem em quatro trechos de rios do Amazonas. Segundo o governador, o Estado tem agido de forma antecipada para minimizar os impactos da estiagem deste ano, que pode ser tão rigorosa ou mais intensa que a de 2023.

O trabalho de dragagem será feito com recursos do Governo Federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com previsão de início imediato a partir da emissão das licenças.

O serviço de dragagem consiste na retirada de sedimentos – como areias e outros materiais – do fundo dos rios para facilitar a navegação de embarcações e evitar que encalhem.

Entre os trechos que receberam as licenças ambientais, emitidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), estão Manaus/Itacoatiara; Codajás/Coari e Benjamin Constant/São Paulo de Olivença (rio Amazonas) e Benjamin Constant/Tabatinga (rio Solimões).

O governador Wilson Lima reuniu na segunda, 06, secretários de estado para alinhar ações de enfrentamento à estiagem prevista para este ano e a construção do plano de trabalho estadual para a questão e determinou que as secretarias atuem no planejamento prévio para minimizar os efeitos da estiagem, caso ocorra.

A Defesa Civil tem realizado desde o mês de janeiro reuniões com setores como indústria e comércio, poderes públicos, empresas de telecomunicações e concessionárias de água e energia para fornecer informações e coordenar ações de prevenção diante da possibilidade de outra severa estiagem em 2024.

Os níveis dos rios em todas as calhas do Amazonas estão abaixo do esperado para o período, se comparado a anos anteriores. A cota do rio Negro, nesta quinta-feira, por exemplo, chegou à marca de 25,67 metros. Em anos anteriores as cotas nesse mesmo dia eram de 27,44 metros (2023); 29,10 metros (2022) e 29,43 metros (2021).

Entre as ações consideradas urgentes, além da dragagem dos rios, estão a manutenção de portos e aeroportos; controle de qualidade do ar; soluções para acesso à água potável; e medidas que evitem o desabastecimento de combustíveis, comércios e comunicações.

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