A deputada Alessandra Campelo (PCdoB), teve que se impor e alterar a voz ontem (1º), com um major da PMidentificado como Falabella, da Casa Militar da Assembleia Legislativa do Amazonas para conseguir retirar de uma sala da Casa Legislativa o jovem Hinaldo de Castro Conceição, de 19 anos, que em protesto atirou imitações de cédulas de R$ 100 sobre o governador José Melo (Pros), no momento que dava uma entrevista coletiva a imprensa. A parlamentar, juntamente com mais dois deputados de oposição foram quem conduziram na marra o estudante até o 12º Distrito Integrado de Polícia, onde ele registrou Boletim de Ocorrência (BO) pelas agressões sofridas nas dependências da Aleam.

Ao ser informada que Hinaldo foi agredido, por policiais da Casa Militar lotados na Assembleia, a deputada, acompanhada dos deputados Luiz Castro e José Ricardo, foi a sala onde o estudante e militante do movimento Levante Popular da Juventude e da Pastoral da Juventude, onde este contou que depois de atirar as notas no governador foi preso e levado para uma sala onde foi agredido com muros, tapas e pontapés.

Chorando com as mãos no rosto contou aos parlamentares a agressão sofrida dentro da Assembleia fato taxado pelo deputado José Ricardo, como absurdo por se tratar de um cidadão fazendo uma manifestação.

"Um dos manifestantes que veio aqui protestar contra o governador foi preso, detido e agredido aqui na Assembleia Legislativa é dessa forma que as pessoas são tratadas. Quem é contratado para vim aplaudir pode vir, mas quem vem livremente se manifestar acontece isso", disparou Alessandra Campelo, demonstrando sua indignação com a maneira como o estudante foi tratado por se manifestar contra o governador José Melo, que minutos depois em seu discurso na tribuna da Assembleia disse que nunca mandou espancar ninguém por se manifestar.

Revoltada com a atitude dos policiais da Casa Militar da Aleam, a deputada Alessandra Campelo disse que levaria Hinaldo Castro até o Distrito Policial para registrar queixa e foi aí que o major Falabela, resolveu tentar impedir a parlamentar.

"O senhor deu uma voz de prisão arbitrária", disse Alessandra, em meio ao tumulto criado pelo major da Casa Militar, que tentava impedir a saída do estudante da Assembleia. "Ele tem o direito constitucional de se manifestar. E a Casa Militar agrediu esse rapaz. Isso aqui não uma ditadura militar major. Quem falou que o governador comprou voto, não foi ele, mas o TRE", disparou a deputada, pedindo respeito ao major e afirmando que iria levar o estudante a delegacia.

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