É histórico, é pódio para o Brasil! Após uma brilhante apresentação, Rebeca Andrade se torna a primeira ginasta brasileira a vencer uma medalha em Olimpíadas. Ela ficou em segundo e finalizou a competição das ginastas mais completas com a prata.

Com “baile de favela”, Rebeca Andrade ficou atrás da americana Sunisa Leese e se tornou a primeira medalhista olímpica brasileira na ginástica. Antes dela, muitas tentaram, mas bateram na trave.

Porém, nem tudo foi sucesso na vida da jovem de 22 anos. Ela passou por muitas dificuldades, deixou de treinar por conta de uma complicada situação financeira e dependia de caronas para os treinos.

Quando ainda tinha quatro anos, começou a treinar em um projeto social de iniciação ao esporte em São Paulo, no Ginásio Bonifácio Cardoso. Na ocasião, foi a tia que a levou para fazer um teste. Mônica Barroso dos Anjos, técnica e árbitra internacional, logo viu que a pequena tinha talento para o esporte.

De família humilde, Rebeca precisou parar de treinar por conta de problemas financeiros. Sua mãe, Rosa Rodrigues, trabalhava como empregada doméstica e, em certa ocasião, quando as contas apertaram, a atleta deixou de frequentar o ginásio.

Comum em muitos atletas de alto nível, a ginasta não escapou de lesões. Em 2015, rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho e pensou em desistir. Mas a mãe impediu que a prodígio se distanciasse das competições.

Rebeca deu a volta por cima e venceu todas as dificuldades e hoje brilha nas Olimpíadas de Tóquio.

Como foi a competição

Na competição desta quinta, o primeiro exercício da rotação foi o salto, a especialidade de Rebeca. E não decepcionou. Com um movimento limpo, um cheng com uma bela aterrisagem, ela brilhou e recebeu a maior nota, 15.300. Nem mesmo uma punição, após pisar na linha de aterrissagem, que descontou 0.1, impediu que a brasileira vencesse o aparelho. Jade Carey, que substituiu Simone Biles, ficou em segundo com 15.200.

Rebeca também estará presente na final do aparelho, que será disputada no primeiro dia de agosto, às 5h.

As barras assimétricas, entretanto, não trouxeram a mesma alegria para Rebeca. Mesmo executando movimentos que não foram feitos nas eliminatórias, ela ficou em quinto, dentre as seis participantes. A nota de 14.666, foi bem abaixo dos 15.300 da americana Sunisa Lee.

A excelente nota no salto ainda garantia a brasileira a frente, com 0.66 a frente da americana.

O terceiro aparelho foi a trave. Porém, diferente das outras duas séries, ela não foi bem. Rebeca não cravou na saída e teve uma nota abaixo do esperado, 13.566. Até aquele momento, a brasileira garantia a medalha de bronze, atrás de Lee e a russa Vladislava Urazova.

Na ginástica, caso a comissão não concorde com a pontuação dada pelos juízes, é possível pedir revisão. E foi isso que aumentou a nota em 0.1 e colocou a brasileira na segunda posição. Com informações de Metrópoles.

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