Passar por uma cirurgia no cérebro é algo assustador, mas o caso de Jenna Schardt, 25 anos, foi ainda mais delicado. Após sofrer uma convulsão, a estudante de terapia ocupacional foi diagnosticada com cavernoma, um emaranhado de vasos sanguíneos malformados que estavam pressionando o cérebro dela.

O cavernoma estava localizado no hemisfério esquerdo do cérebro, onde a fala é formulada e processada por 95% das pessoas. Por o tumor estar tão próximo ao centro da linguagem, a situação precisou ser resolvida com a paciente acordada durante a operação: os médicos tinham que ter certeza de que não estavam prejudicando a fala de Jenna ao tentar “desenrolar” o cavernoma.

Jenna descobriu a doença enquanto cuidava de pacientes com derrame, atividade que faz parte de sua formação acadêmica na Universidade de Brenau, na Geórgia, nos Estados Unidos. Caso a jovem não retirasse o emaranhado de vasos, sofreria com convulsões imprevisíveis.

A cirurgia foi realizada com a paciente acordada para que os médicos fossem capazes de observá-la desperta e conversando, enquanto operavam seu cérebro. Ao longo da operação, a equipe testou as capacidades de comunicação da paciente, avaliando como a operação estaria afetando sua faculdade de falar.

Feito no Centro Médico Metodista de Dallas, o procedimento teve uma hora e meia de duração e foi transmitido pela internet para mais de 1 mil pessoas.

Segundo Nimesh Patel, neurologista chefe do centro médico, o cérebro humano tem poucos receptores de dor, sendo impermeável à sensação mesmo quando pressionado por ferramentas de metal. Por isso, a paciente não sentiu dor ou mesmo desconforto durante a operação. (Com informações do portal Daily Mail)

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