O governo Bolsonaro pode ser acusado de tudo o que não presta – de extrema direita sebosa, quintal dos Estados Unidos, seguidor entusiasmado do catecismo do coronel Brilhante Ustra, de aloprado, destrambelhado, incendiário da floresta amazônica e muito e muito mais.

O que ninguém pode falar de jeito nenhum é que o governo do capitão não é divertido. Não, seria uma injustiça inominável.

Querem ver?

Pois muito bem. Lembram do ministro da Educação, Abraham Weintraub, a parodiar a célebre cena do filme Singin’ In The Rain, (‘Cantando na Chuva’), com Gene Kelly?

Pândego, não é mesmo?

E a Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e Direitos Humanos. Lembram dela? Sim, isso mesmo a ministra que propôs que ‘Menino veste azul e menina veste rosa’.

Não foi divertido? Como reclamar de um governo que a todos faz rir? Não,  reclamar, jamais. Rir, sempre. Faz bem à saúde.

Lembram da live do Bolsonaro feito lá dos Emirados Árabes. Sim, aquele do leão e das hienas. Não foi divertido?

Vamos rir mais um pouco?

Não foi divertido ouvir do Moro que o Onix, ministro da Casa Civil, estava perdoado do crime de caixa 2 porque  pediu desculpa?

Não foi hilariante ouvir do Sérgio Moro, useiro e vezeiro em maltratar a “Última Flor do Lácio, que o Eduardo Bolsonaro perdoado de querer a volta do AI-5 porque, também, se desculpou?

Pois é. Mas se é pra se esbaldar de rir cair no chão com câimbra na barriga vamos rir com “O peixe é um bicho inteligente” do o secretário da Pesca Jorge Seif Júnior.

Como assim? Peixe inteligente?

Sim, isso mesmo.

Em live ao lado de  Bolsonaro no último dia de outubro, uma quinta-feira, 31, o mancebo, o vendedor de tainha que acumula pelo menos 10 multas ambientais, a maior delas por infrações de pescado, falou com a maior naturalidade servilista que o consumo de pescados no litoral do Nordeste, poluído por manchas de petróleo, estava liberado porque os peixes são “bichos inteligentes” que estão fugindo da contaminação.

O Bolsonaro quis rir da cara deslavada do peixeiro Jorge Seif Júnior mas segurou a onda e minimizou:

“Pode haver casos de animais marinhos que se contaminaram com óleo. Obviamente, às vezes, fica ali uma tartaruga na mancha de óleo, pra não falar que ninguém fica, né? Um peixe, um golfinho pode ficar. Mas, tudo bem”.

Romário, ex-craque do Vascão, o tetra da seleção, riu descontroladamente e depois que se recuperou o fôlego aproveitou para tirar um sarro:

“Malandro é o peixe que dribla até mancha de óleo”, corrigiu o senador. “Mas tem que tá ligado, parceiro. Sabe como é que é, né? Tartaruga que dá bom dia pra cavalo marinho acaba levando trote. E tem mais: camarão que dorme a onda leva”.

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