O empresário Murad Aziz, irmão do senador Omar Aziz (PSD), na manhã desta quarta-feira (25) momentos antes da entrada na sede da Justiça Federal para prestar depoimento a juíza federal Ana Paula Serizawa, da 4ª Vara Criminal, disse que não tinha conhecimento da deflagração na Operação Cashback, quarta fase da Operação Maus Caminhos, como afirma o Ministério Público Federal.

“Eu vou falar a verdade. Eu acho que a imprensa sabia antes do que eu da operação. Na manhã da ação já tinha imprensa na minha casa antes da operação. Então, não sabia nada a respeito dessa operação”, afirmou Murad Aziz.

O empresário disse que um documento da Amazonas Energia comprova que havia manutenção marcada para o dia 11 de outubro, mesmo dia da operação Cashback, na academia AZ Fitness, de sua propriedade. Murad acrescentou ainda que 24 horas antes usou as redes sociais para informar que não haveria atividades no dia seguinte devido a “diversos picos de energia”.

Em relação ao médico Mouhamad Moustafá, apontado pelo MPF como líder de uma organização criminosa que desviou milhões da saúde do Amazonas, Murad afirmou que não pode negar “certas coisas” e que era padrinho da filha do médico, mas que não está envolvido com suposta organização criminosa que fraudou contratos do Estado.

Lino depõe

O advogado e ex-deputado estadual Lino Chíxaro, acusado pelo Ministério Público Federal de embaraçar as investigações da Operação Cashback, também esteve na Justiça Federal para prestar depoimento e disse à imprensa que a relação dele com o médico Mouhamad Moustafá, considerado o líder do esquema de fraudes na saúde pública do Amazonas, era “meramente profissional”.

“Eu vou explicar para a juíza que isso (embaraço as investigações) era impossível de acontecer porque o celular que foi substituído por mim tinha apenas três ou quatro meses de uso. Portanto, não tinha nenhuma informação que embaçasse as investigações”, afirmou Chíxaro.

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