Arthur Castro/Secom e Erlon Rodrigues/PC-AM

Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) apontam queda de 45% nos registros de casos de feminicídio em todo o estado, no período de janeiro a setembro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. O levantamento foi feito pelo Centro Integrado de Estatística de Segurança Pública (Ciesp).

Segundo os dados do Ciesp, de janeiro a setembro de 2021, o número de registros de crimes desta natureza chegou a 20. Já este ano, no mesmo período, foram registrados nove casos.

De acordo com o secretário de Segurança Pública, general Carlos Alberto Mansur, a redução nos números reflete um trabalho intensificado, que acontece de maneira integrada para combater diversos delitos, entre eles os crimes de violência contra a mulher.

“Esse número é resultado de um trabalho integrado realizado pela Polícia Militar, pela Polícia Civil, para combater este tipo de delito. Nós também temos o nosso Núcleo de Feminicídio, que funciona dentro da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros, para investigar e dar respostas em relação a este tipo de crime”, disse o secretário.

Rede de apoio

O Amazonas dispõe, no âmbito da Segurança Pública, de uma rede de apoio às mulheres vítimas de violência. Pela Polícia Militar do Amazonas (PMAM), o trabalho é realizado pela Ronda Maria da Penha, que realiza o acompanhamento de mulheres com medida protetiva.

Já a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) dispõe de três delegacias especializadas em Crimes Contra a Mulher, localizadas nas zonas centro-sul, sul e norte de Manaus. No interior, os municípios de Manacapuru, Parintins, Itacoatiara, Eirunepé e Humaitá também possuem delegacias especializadas. Nos demais municípios, as Delegacias Interativas de Polícia (DIPs) também estão aptas a receber este tipo de ocorrência.

Em agosto de 2020, foi inaugurado o Núcleo de Combate ao Feminicídio da PC-AM, que funciona nas dependências da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

O Núcleo foi criado para que as investigações de crimes de homicídio consumados ou tentados, tendo mulheres como vítimas, fossem intensificadas, a fim de que pudesse ser inibido este tipo de delito. 

(Segundo a segundo)

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