Palmeiras ficou muito perto de garantir sua presença na finalíssima da  Libertadores, marcada para o dia 30 de janeiro, no Maracanã. Na terça-feira, em Avellaneda, o Alviverde mostrou frieza típica dos grandes times, deixou os nervos no lugar e venceu o poderoso River Plate por 3 a 0, em uma partida em que o time executou o plano de jogo proposto pelo técnico Abel Ferreira de forma irrepreensível. 

Finalista da Copa do Brasil, o Palmeiras apostou em um trio de garotos revelados em suas categorias de base para montar um meio de campo veloz e com grande potencial de marcação. A ideia era  não deixar espaço para os habilidosos meias do River, que sempre trocam passes em alta velocidade.

Danilo, Patrick de Paula e Gabriel Menino ajudavam na formação de uma sólida linha defensiva na hora da marcação e, aos poucos, foram desafogando o time em momentos cruciais.

No começo, o torcedor do Palmeiras parecia estar revivendo o primeiro jogo da semifinal da Libertadores de 1999, contra o próprio River Plate. Se há 21 anos a equipe do então meia Gallardo e do atacante Saviola teve três grandes chances de abrir o placar no início da partida, todas evitadas pelo goleiro São Marcos, nesta terça-feira foi a vez de Weverton fazer boas defesas.

Logo no primeiro minuto, o atacante colombiano Borré girou em cima da defesa e bateu por cima. Aos cinco, Carrascal recebeu dentro da área, partiu para cima e bateu firme, mas Weverton fez excelente defesa.

O time argentino perdeu mais uma boa chance aos 20, de novo com Borré, que recebeu cruzamento no meio dos zagueiros, deu um carrinho para alcançar a bola, mas não alcançou.

Foram três chances boas, mas em nenhum momento o Palmeiras perdeu a cabeça. Aos 28, em sua primeira jogada de ataque mais aguda, o Palmeiras abriu o placar. Patrick de Paula colocou ótima bola para Gabriel Menino pela direita. Ele cruzou rasteira para Luiz Adriano. O goleiro Armani tentou interceptar, mas afastou errado e a bola sobrou para Rony. Da entrada da área, ele bateu forte, de peito de pé, e fez o primeiro.

Gustavo Scarpa fez lindo gol, anulado por centímetros de um impedimento de Luiz Adriano. Nos últimos cinco minutos, o River voltou a assustar. Na melhor chance, aos 43, Nacho Fernández bateu bem uma falta e acertou o travessão.

No segundo tempo, o plano de jogo palmeirense de explorar a velocidade no contra-ataque surtiu resultado. No primeiro minuto, Danilo roubou a bola e tocou no meio para Luiz Adriano. Ele girou em cima do zagueiro paraguaio Rojas, partiu em velocidade, entrou na área e tocou na saída de Armani para ampliar o marcador.

O segundo gol do Palmeiras irritou muito os jogadores do River Plate, que passaram a errar passes e a mostrar nervosismo em campo. O time argentino ainda perdeu boa chance de diminuir aos 4, em uma cabeçada perigosa de Carrascal.

Mas o Palmeiras passou a dominar o jogo. Aos 9, Patrick de Paula bateu firme para boa defesa de Armani.

O jogo ficou ainda mais difícil para o River Plate aos 14 minutos. Gabriel Menino recebeu passe na intermediária e dominou com categoria. Carrascal chegou atrasado na marcação e deu um pontapé no brasileiro – o árbitro uruguaio Leodán González deu vermelho direto.

Na cobrança de falta, Gabriel Menino cruzou na cabeça de Matías Viña, que desviou e marcou o terceiro gol do Palmeiras.

O Palmeiras segurou a bola e ainda poderia ter aumentado o placar, já que o goleiro Armani fez mais duas boas defesas. Fim de jogo. Na terça-feira da semana que vem, o Palmeiras terá uma grande chance de garantir mais uma vez sua presença na decisão da Libertadores. (Estadão)

Artigo anteriorÓtimo visitante, Santos vai à casa do Boca Juniors atrás de vantagem na Libertadores
Próximo artigoSaúde do Estado ganha reforço em plantões de enfermagem para janeiro e fevereiro